29 de janeiro de 2010

Doces: quem os resiste?!

Caro leitor. Se você tem alguma compulsão por açúcar ou tem a obrigação de se cuidar por conta de alguma enfermidade: PARE AGORA! Esta matéria não é para você.

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Entretanto, caso queira saborear conosco um dos maiores prazeres encontrados na praia do Cassino, o convite está aberto! Leia e se delicie com as respostas de nossos entrevistados nesta nova edição do Mulher Interativa.


No verão, mais que em qualquer época do ano, eles estão por toda parte, inclusive, na maior praia do mundo, por todos os lados.

Fazem parte da nossa soma calórica diária.

E quem consegue resistir?


E mesmo quem consegue, não escapa de dar aquela olhadinha rápida.

Pode ser quente, frio, bem geladinho, pastoso ou cremoso, não tem jeito.

Com tantas tentações, como ficar sem aquela tradicional água na boca?

Ainda mais quando pensamos na doce sensação, no prazer e no bem estar que eles, os doces, geram em nós.

Algo que nem a ciência sacia nossa curiosidade.

Pois bem...



Da ampla variedade que a avenida do Cassino dispõe, destaca-se a concentração anual da Feira do Doce. Nada comparável em tamanho, claro, com aquela feira que possui um âmbito nacional, conhecida por boa parte dos gaúchos.

No entanto, a do Cassino aposta na localização, na variedade e no reconhecimento dos profissionais que ali trabalham no único intuito de oferecer aos visitante, um sabor inconfundível. E isso é o que provam os nossos entrevistados de hoje.

O templo dos doces se concentra por quatro bancas. Entre elas, a Quindim Pinheiros, a Doces Figueiredo, Doces Feijó e a Confeitaria Rio Grande. Como não podia ser muito diferente, cada uma possui seus carros-chefe.


Na confeitaria são expostos diariamente cerca de 300 doces. Lá, os mais comercializados, segundo o responsável, Jeferson Goulart de Jesus, são as bombas e as tortas, tanto uma quanto a outra nos mais variados sabores.

Na Figueiredo, a torta alemã, o bombom de morango e a cocada estão entre os mais vendidos, diariamente. Já na Feijó, o cliente é fisgado pelas madelaines, as bombas e bombons, o Rei Alberto e o ninho. Acho que não precisamos mencionar a especialidade da Quindins Pinheiros, correto?


Aos 20 anos, Paulo Feijó Junior, já comanda o negócio da família. É filho de Paulo Renato, presidente da Associação dos Doceiros do Rio Grande, que conta com cerca de 50 membros e comenta que a Feira já está no Cassino há 20 anos.


Ao lado de João Luiz Figueiredo, 61 anos, eles comentam que embora o público atual do balneário seja superior ao do ano passado, as vendas não seguem o mesmo ritmo desse crescimento.

Porém, e conforme os doceiros, o período em que mais se deparam com seus clientes ainda está por vir: Iemanjá e o Carnaval. Eles também fazem outra observação: a concentração do público aumenta a partir das 11h e se estende até às 2h.


“As pessoas gostam de doce na madrugada. Aqui vamos até terminar o movimento. O horário é o de menos”, observa e assegura, Figueiredo. A feira, inaugurada em 07 de janeiro, segue até o dia 21 de fevereiro. Até lá, muitos doces ainda nos esperam. Qual o seu preferido?!

VOCÊ no MULHER
Apaixonados por doces



Escrito por Bruno Zanini Kairalla
- Editora diagramadora: Rosane Leiria Ávila
- Fotos-reportagem: Bruno Kairalla
- Sugestões: bruno.kairalla@gmail.com

>> Tudo pela Torta Alemã

Diretamente do Laranjal, em Pelotas, para a Feira do Doce do Cassino, nossa equipe de reportagem flagrou o momento exato que Daphne Gomes da Costa e, seu primogênito, Marcelo Filho, se dirigia ao responsável pela banca Figueiredo e declarava: “Toda vez que venho ao Cassino, levo esses doces maravilhosos pra casa. São muito bons”, expôs ela, ao ser surpreendida com o pedido de registro do repórter por conta de seu notório depoimento.


Na ocasião, Daphne foi buscar Marcelo na casa de sua irmã, a estudante de engenharia de alimentos da Furg, Mariana Gomes Costa, que há quatro anos reside no balneário. “Quando passamos por aqui, é bem difícil resistir”, confessa ela, que também estava acompanhada do marido e levou para o Laranjal, a especialidade da banca de seu Figueiredo: tortas alemãs – o doce preferido de toda a família. “No Laranjal não existe torta alemã. Então levamos daqui”, explicam eles.

>> Cocada do amor


Eles são da cidade de Quaraí, município fronteiriço do Estado, próximo à Santana do Livramento. Mas, quando aproveitam para passar as férias no Cassino, os namorados de longa data – sete anos – Elizandra Rodrigues Jacques, 24 anos, e João Ari da Luz Motta, também de 24, não perdem tempo e vão logo atrás do diamante necessário: a cocada. E não há discussões: o doce é o predileto dos dois.


E apesar dos quilinhos a mais que ela também proporciona, a estudante de enfermagem reforça que o prazer está acima da preocupação pela forma e traça um contraponto: “Pelo menos ela é mais leve”. Segundo o militar Motta, a presença no local não é constante, mas eventual, ocorrendo nos mais variados horários. “Sempre que possível, passamos por aqui”, finaliza ele.

>> Bem faz bem

Em breve, a aposentada Maria Beserra Gomes, 53 anos, será a mais nova moradora da praia do Cassino. No momento, a sua casa está em construção. Quando ficar pronta, aí então será ainda mais difícil resistir a diversidade de doces que o balneário apresenta.

Ainda mais ela, que admite consumir doces diariamente e degustá-los após o jantar. E quem será o sortudo que compartilhará dessas encomendas que ela carrega? “Ninguém. São todos para mim”, diverte-se ela.


Maria pontua ainda que seu doce preferido é a torta alemã. Questionada sobre o porquê, ela se reporta ao dono da banca e responde: “Não sei. Tem que perguntar para ele. Ele deve colocar um pozinho, uma coisinha, que não tem jeito, fascina. É muito gostosa, muito bem feita”, justifica.

Além da torta, ela ainda aponta outros: “Gosto de negrinho e a cocada que é um espetáculo”, anuncia. Quanto a saúde, ela argumenta que não se importa muito, pois regula a quantidade e diz que essa extravagância só ocorre nesta época do ano. “O doce me faz bem. Se não como, parece que falta alguma coisa. Sinto falta”, ressalta.

>> Elas PODEM

Amigas desde maio do ano passado, as duas não são de Rio Grande, mas estão por aqui há um bom tempo. Mestre em geografia, Priscila Teixeira, 30 anos, é de Goiânia mas mora aqui há 12 anos.

Priscila (Foto: Bruno Kairalla)

Já Rosani Bolbadilha (abaixo), pode se considerar uma rio-grandina. Dos seus 23 anos, está há 18 aqui na terrinha. Também estudante de geografia, a amizade entre as duas iniciou depois que elas ingressaram num projeto na mesma área, dentro da Furg.


Rosani Bolbadilha (foto: Bruno Kairalla)

Terminadas as apresentações e quando o assunto se volta especificamente ao doce, elas admitem que não tem com que se preocuparem. Estão em plena forma física. Podem comer ou exagerarem o quanto quiserem.

Entretanto, Priscila, cometida, apesar de amar doces, discorre que como eles são muito grandes, gosta de saboreá-los na boca bem devagarinho e que muitas vezes não consegue comer um inteiro. Solução? Levar a metade para a sua casa e horas depois voltar a degustar a iguaria. Prático, não?


Difícil parece só para os compulsivos que não se controlam e sentem a necessidade de comer mais de uma variedade. “Prefiro os doces mais suaves, como o mousse”, aponta ela, que valente trocou um pudim de leite condensado – que ao lado de um autêntico brigadeirão feito em casa, compõem a lista de seus doces preferidos - por um mousse de maracujá. Dá para acreditar?

Quanto as preferências de Rosani, ela nomeia os doces que envolvem frutas, principalmente, o morango e a ameixa. “Adoro”, exclama. Pensa um pouco mais e arremata: “AH! E claro: chocolate, né. Amo. Principalmente nas fases de TPM”. “E não dá espinha. Eu só tenho acne quando como muita gordura”, complementa Priscila, acabando com certos mitos.


As duas moram na cidade e procuram no Cassino o descanso da rotina do dia a dia. E é Priscila quem entrega o jogo: “Chegamos na praia por volta de três da tarde. Desde, então, a Rosani não para de falar na feira do doce. Já tínhamos, inclusive, passado por aqui, mas como ainda estava fechada, décimos voltar depois”, evidencia ela, ao som das gargalhadas de Rosani.

>> Atraídos pela variedade

Uma ida até a farmácia, próxima do local, também serve como desculpa para a família saborear um bom doce.


A designer Juliana Camargo, 22 anos (foto acima), é nora de Magali, 49, e de seu José Marcos Aquino, de 53, e defende que a Feira de Doces do Cassino propõe aos veranistas uma variedade que resulta na atração do cliente.


“É fácil parar aqui por conta das opções disponibilizadas”, propõe Juliana. Entre o vasto leque das guloseimas, o bombom de morango está entre os prediletos, seguido pela torta alemã e os tradicionais, brigadeiro, branquinho, chocolate branco e quindim, claro, de chocolate.


A bibliotecária Magali e José também citam o bombom de morango. Mas, ela acrescenta os prediletos: torta alemã e todos que tiverem nozes.


Seu José não fica atrás: brigadeiro e quindim. Enquanto o casal prefere comer doce mais a noite, Juliana gosta mesmo é depois da refeição do meio-dia. Magali reflete mais um pouco e conclui: “Não tem uma hora. De preferência gosto de comer pela tarde e a noite. Gosto do prazer que o doce nos oferece. É muito bom”.


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