25 de maio de 2011

Fragilidade Masculina - A opinião nas ruas:

Uma nova geração


Prestes a completar um ano de namoro, no dia 13 de junho, Sabrina Batista Schmitz, 17 anos, e o carioca Patrick Leal Marinho, de 21, representam a nova geração de casais. 

Patrick concorda com a mudança de postura do novo homem e, como todos, assumi-se um cara mais sensível e preocupado em extravasar as suas emoções. “De forma geral, os homens estão mais abertos e mais sensíveis. Isso é bom para todos. Os casais estão aprendendo a se compreender melhor”. 


Não esconde e nem tem vergonha de dizer, por exemplo, que a última vez que chorou foi devido à última briga do casal, ocorrida em março. 

“Hoje, quando não concordo com alguma coisa sou o primeiro a reclamar. Não guardo nada”, assegura ele. Sabrina concorda e acredita que esta nova postura contribuiu para uma maior confiança de sentimentos entre o casal.

Felipe, o novo homem


Proprietários da Óptica Uarthe, o casal Leandro Goulart, 34 anos, e Marinês Uarthe, 30 anos, dividem as experiências do trabalho e aguardam há sete meses, a chegada do pequeno Felipe. Leandro reconhece a mudança de comportamento do homem, mas ainda acredita que pouco se encaixa na nova proposta. Como muitos, ele trabalha diariamente com o lado mais racional, porém, não deixa de compartilhar as emoções com a esposa. 

“Assim como a maioria, sempre que ele pode, nega que sente dor, mas quando não dá mais fica todo dengoso e sou eu quem passo a cuidar dele”, entrega Marinês, sobre os homens serem menos resistentes a dor física. 

Para o pequeno Felipe, o casal garante que existem lições mais valiosas a ensinar, do que os velhos conceitos de que “homem não chora, ou não pode isso ou aquilo”. “Queremos que ele tenha um caráter, que seja um homem honesto. Isto é mais importante do que qualquer outro conceito”, concorda o casal.

Abertos para os sentimentos


Eder Souza da Cruz, 32 anos, pela convivência há 12 anos com sua mulher, Priscila Wasyluk da Cruz, 28 anos, acredita que eles, por uma questão cultural, imposta por vários anos pela sociedade, ainda demonstram pouco os seus sentimentos. 

No entanto, não concorda com este comportamento. E explica: “Se tu te fechar para os sentimentos negativos, tu acaba também fechado para os positivos, deixando de demonstrar todas as tuas emoções. O diálogo é muito importante para que o casal se entenda mais”, avalia Eder.

Defesas masculina


“Assim como as mulheres, todo homem tem o seu ponto franco. A diferença é que eles não assumem, não admitem. Faz parte de sua defesa. Eles compartilham e demonstram os bons sentimento, mas os ruins ficam retidos. O homem tem mania de esconder suas emoções”, analisa o estudante de Direito, Brauner Paiva, 22 anos. 

“Na verdade, emocionalmente, somos todos um bando de maricas, que aos poucos estamos perdendo a vergonha de demonstrar nossos sentimentos, sem que isso fira a nossa masculinidade”, pontua Paiva, que apesar do machismo que ainda impera na sociedade, considera-se um homem mais seguro, menos resistente e receptivo as mudanças de comportamento. 

“Hoje não tenho vergonha de dizer o que sou, o que penso, mesmo não agradando os demais”, conclui o estudante.

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