Por Bruno Zanini Kairalla
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<> Clique e leia: "O escultor da beleza"
A proposta de oferecer uma transformação visual foi feita pela primeira vez em 1997, pelo extinto programa da TV Globo, Planeta Xuxa.
Nele, a apresentadora escolhia duas mulheres para a “Transformação”.
Os participantes eram direcionados a profissionais que, então, mudavam por completo a aparência de suas transformadas.
Outros programas apostaram na fórmula, uma plataforma perfeita para anunciantes de produtos capilares.
Repetição, inclusive, na própria emissora com o “Espelho Mágico” do Vídeo Show. Já este com a proposta de deixar os convidados parecidos com as estrelas da casa.
E se na televisão a fórmula se consagrou, não seria diferente em outras mídias.
Inclusive nos impressos e, claro, na própria internet.
Revirando nossos arquivos, descobrimos que o Agora foi pioneiro no Estado ao lançar uma coluna específica para uma transformação bem diferente dos meios televisivos.
E a principal conclusão é de que se por um lado a beleza é fugaz, por outro, ela também carrega uma identidade que logo evidencia a sua origem.
O início
Criado há nove anos, em março de 2001, o caderno Mulher Interativa produz em suas oito páginas semanais temas referentes a extensão do universo feminino.
Um ano depois, no espaço “Antes & Depois", um dos profissionais da área da beleza em Rio Grande começou a divulgar seu trabalho e também conhecimento, mostrando as novidades visuais nos cortes de cabelos e maquiagens que ele adquiria de suas viagens ao exterior.
Com o fim do contrato, o espaço passou a contar com o trabalho de diversos profissionais, que se alternavam a cada semana, aceitando o desafio sem muitas vezes disporem de uma equipe à altura da proposta. O que resultou em algumas histórias hilárias.
A ideia foi proporcionar às leitoras uma transformação visual, ditada pelo corte de cabelo e também pela maquiagem.
Nesse período, nas páginas do Mulher, o cabeleireiro e maquiador, Bira Lopes já prestava consultoria de moda, propondo dicas de etiqueta, comportamento e beleza ao mesmo tempo que a coluna “Antes & Depois” mostrava o sucesso da iniciativa, com as diversas cartas recebidas.
A resposta das leitoras era clara: pelo sucesso, a coluna não podia findar.
Entretanto, precisava de um nome, uma identidade.
E ninguém melhor do que Bira Lopes, artista reconhecido por empregar a personalidade, o charme e a beleza em todas as suas originais criações.
A reformulação
Depois dos ajustes e da mudança de nome, surgia na contracapa do caderno, em 27 e 28 de abril de 2002, a coluna “Realce”.
Uma de suas propostas? Mostrar a face da mulher gaúcha, genuinamente rio-grandina.
A primeira - das mais de 300 participantes foi Patrícia Dias da Costa (foto acima).
Um mês depois, foi a vez da pedagoga, Giane Legemann Lopes, primeira mulher destaque numa capa do Mulher. A manchete revelava um dos motivos que hoje mantém o sucesso da coluna: “A maquiagem faz a diferença”.
Mas na verdade, o que Bira Lopes mostra há quase uma década é o que nem mesmo uma cirurgia plástica revela: a beleza existe em todos, ela só precisa de um realce.
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