Por: André Zenobini
Fotos e arte: Deyver Dias
Dia das Bruxas
A história do Dia das Bruxas data mais de 2500 anos, e surgiu entre o povo celta, crente de que no último dia do verão (31 de outubro), os espíritos saíam das tumbas para se apossarem dos corpos dos vivos. Para afugentar estes fantasmas, os celtas colocavam objetos assustadores nas casas como, por exemplo, caveiras, ossos decorados, abóboras enfeitadas entre outros.
Por ser uma festa pagã foi condenada na Europa durante a Idade Média, quando passou a ser chamada de Dia das Bruxas. Aqueles que a comemoravam eram duramente perseguidos e condenados à fogueira pela Inquisição.
Com o objetivo de diminuir as influências pagãs na Europa Medieval, a Igreja cristianizou a festa, criando o Dia de Finados (2 de novembro).
Símbolos e Tradições
Esta festa, por estar relacionada em sua origem à morte, resgata elementos e figuras assustadoras. São símbolos comuns: fantasmas, bruxas, zumbis, caveiras, monstros, gatos negros e até personagens como Drácula e Frankestein.
As crianças também participam e, com a ajuda dos pais, usam fantasias assustadoras e saem na vizinha batendo de porta em porta, dizendo a frase: “doçura ou travessura”. Felizes, terminam a noite do 31 de outubro com sacos cheios de guloseimas, balas, chocolates e doces.
Halloween no Brasil
No Brasil a comemoração desta data é recente. Chegou através da influência da cultura americana, principalmente, através da televisão. Os cursos de língua inglesa também colaboram para a propagação da festa em território nacional, pois valorizam e comemoram a data com seus alunos, numa forma de vivenciar com os eles a cultura norte-americana.
Muitos brasileiros defendem que a data não tem nada a ver com a nossa cultura e, portanto, deveria ser deixada de lado. Argumentam que o Brasil tem um rico folclore que deveria ser mais valorizado.
Para essas vozes contra, em 2005 foi criado pelo governo o Dia do Saci, também comemorado em 31 de outubro.
A festa pelo mundo
Embora o Halloween seja mais difundido em países de língua anglo-saxônica, os países de língua hispânica, apesar de não a celebrarem, comemoram o Dia dos Mortos. No Oriente Médio, por exemplo, esse período é marcado pela tradição e crença popular.
Na Espanha, assim como no Brasil, é comemorado o Dia de Todos os Santos e a data destinada ao evento é o dia 2 de novembro no qual as pessoas tributam os mortos levando flores aos túmulos.
Na Irlanda, considerada o “berço” da tradição do Halloween, os adultos comemoram o dia construindo fogueiras, e as crianças andam pelas ruas exclamando o famoso “trinks or treats”, que traduzido significa “doces ou travessuras”.
No México, o dia 1º de novembro é comemorado como o Dia dos Anjinhos, chamado também de Dia dos Inocentes, no qual se celebram as memórias das crianças falecidas antes de serem batizadas. O Dia dos Mortos (El dia de los Muertos) é celebrado no dia 2 de novembro, e é bastante difundido no país. Nele, as pessoas levam aos túmulos tudo aquilo que o morto mais gostava; no dia que antecede o evento, parentes e amigos se reúnem para comer e beber e ficam à espera dos mortos na madrugada. Nesse período é comum a produção e distribuição de caveiras doces (de chocolate, marzipan e açúcar).
Na Tailândia é realizada anualmente a festa Phi Ta Khon. O dia é celebrado com música e desfiles e a imagem de Buda. Segundo os tailandeses, os vietnamitas fantasmas e espíritos circulam entre os homens.
Em Rio Grande
Já é tradição entre seus alunos e amigos. Celebrando o Halloween há 16 anos, a Escola de Idiomas British House sabe muito bem que a verdadeira razão de ser do Halloween é muito mais do que simplesmente uma brincadeira de doces ou travessuras.
É a oportunidade de fazer com que se ouçam boas historias, expressando idéias e se divertindo usando a língua inglesa. Afinal de contas, ninguém resiste a uma boa história e a um bom susto. A escola realizou sua festa na Boate Doha, no último dia 28.
Intuição. Você acredita?
Queimadas nas fogueiras da Inquisição, as mulheres acusadas de bruxas na verdade, davam vazão à forte intuição feminina. Embora a caça às bruxas não tenha sido perpetrada pela Inquisição, e sim, por Estados e tribunais civis independentes, elas foram implacavelmente caçadas durante a inquisição na Idade Média.
Um dos métodos usados pelos inquisidores para identificar uma bruxa nos julgamentos do Santo Ofício consistia na comparação do peso da ré com o peso de uma Bíblia gigante. Aquelas que fossem mais leves eram consideradas bruxas, pois se dizia que as bruxas adquiriam uma leveza sobrenatural.
Sônia Vaghetti – Nem sempre acredito na minha intuição, eu tenho que ter certeza, acredito quando aquilo vem muito forte e a gente sente. Se eu tivesse poderes mágicos, com certeza, faria paz no mundo, porque temos muitas guerras. Também daria saúde e paz pra todo mundo e que meus filhos passassem na prova do CTI (Atual IFRS Campus Rio Grande).
Jodelina Godinho – “Às vezes acredito, sim; quando é algo bom que vem eu sinto isso. E se eu pudesse realizar um desejo, ganharia na megasena pra ajudar a toda a minha família”
Claudete Oliveira – “Sigo sempre a minha intuição, eu não sou de pensar muito, sou intuitiva, quando eu acho que tem que ser, eu vou lá e faço. Não sou supersticiosa, acredito muito em mim, então, se eu tiver que fazer, irei realizar. Sou muito realista, mas não penso muito, e não me arrependo das coisas que fiz.”
Greice Machado de Oliveira – “Sigo sempre a minha intuição, porque acho que cada um tem um pouquinho de sexto sentido. Em cada um se manifesta de um jeito. Em mim, sinto essas intuições através dos sonhos. Se eu pudesse, acabaria com a violência e a fome das pessoas com certeza”.
Fontes:
http://www.suapesquisa.com/datascomemorativas/halloween.htm
http://www.brasilescola.com/halloween/a-tradicao-halloween.htm
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