Essa história começa mais ou menos, assim: um belo dia, as belas princesas encantadas, todas animadas e reunidas dentro da sala mágica receberam a visita inesperada de uma bruxa muito, muito má que lançou um feitiço repentino para deixá-las horrendas, tão frias e feias a ponto de aterrorizar e afastá-las de qualquer caçador que se aproximasse ou mesmo de seus amados e aguardados príncipes encantados.
Bem... Para estas educadoras das séries iniciais da Escola Jardim do Sol, que lidam diariamente com a imaginação fértil e espontânea de centenas de crianças, essa história bem que podia ser um conto de fadas, mas não é. E não é porque juntas uniram forças para tornarem os seus desafios, uma realidade.
Tudo começou, quando estavam sim reunidas em sua sala. A bruxa na verdade foi uma mãe que ao passar pelo local, viu cada uma agarrada num tipo de salgadinho. Foi quando protestou: “Vocês deveriam ter vergonha de comer tanto e estarem todas gordas deste jeito. Mais do que educadoras vocês são um exemplo para estas crianças”, disparou ela.
A mensagem provocou. “Na hora ficamos muito bravas de ouvir aquilo. Achamos uma falta de respeito”, rememora uma delas. Plantada, aos poucos, a reclamação foi surtindo efeito, saindo do campo da fúria para o de aceitação de uma realidade inabalada. “Quando passamos olhar umas as outras, vimos que realmente estávamos erradas. Todas estavam acima do peso. Nos demos conta de que só nos reuníamos para comer. Começamos a questionar nossos hábitos alimentares”, apontam. Da reflexão para encarar a realidade e tomar uma ação.
Em 26 de março do ano passado, ou seja, há exatos um ano, a educadora Cristina Neumam tomou, então, a iniciativa de colocar suas colegas de frente, sem escapatórias, da nutricionista rio-grandina Vivian Laurino Almeida, 30 anos, formada em nutricionismo pela UFPel em 2004 e especializada em Nutrição Clínica (CBES), em 2007.
Segundo a nutricionista, assim como em qualquer outro grupo, o início foi difícil, porém, “onde perde-se o medo do impossível, tudo se transforma. E elas foram adquirindo auto-confiança, transformando-se”, aponta Vivian, que se desloca até a escola com umas balança em baixo dos braços e o material para a “pauta do dia”.
- Iniciamos as reuniões com oito professoras, mas outras foram se interessando e atualmente são 10. Hoje elas se auto-batizaram carinhosamente de G-10 - conta Vivian.
Os encontros semanais, inicialmente às segundas-feiras, hoje no final do expediente das sextas, foram, aos poucos, adquirindo forma, dinâmica e motivação.
- No início ninguém queria se pesar ou falar sobre o seu peso. Hoje é ao contrário: todas querem saber quais foram os resultados uma das outras - aponta Cristina. A educadora confessa que no início passou por crises de abstinência.
- Foram várias as crises. Nesse um ano já choramos, ficamos bravas, nervosas, enfrentamos os mais diversos sentimentos. E não adianta, pois descobrimos que o estresse também engorda - divertem-se.
- O trabalho que a Vivian vem fazendo conosco mudou totalmente as nossas escolhas, a nossa alimentação; enfim somos hoje mulheres diferentes, com uma auto-estima elevada - declara a professora Simonne Silva (abaixo), que chegou a pesar 97 quilos e hoje está entre os 80, com o forte entusiasmo de chegar aos 70.
- Aos 97 quilos, adquiri diabetes e pressão alta, entre outras situações que passei devido ao excesso de peso. Estou num momento de transformação, de dentro para fora; venho me descobrindo como uma nova mulher, colocando roupas que há anos estavam escondidas no armário, caminhando diariamente e fazendo hidroginástica.
Ainda tenho que chegar na minha meta e hoje eu sei que é possível perder peso com saúde, vitalidade e uma vontade interior muito grande. Depois de ver as mudanças que o grupo passou, nos dá mais vontade de querer seguir em frente - observa Simonne (foto acima).
A educadora sinaliza ainda que dentro do grupo aprendeu a importância da mastigação dos alimentos, a selecionar cada um deles e a não pular as refeições, “pois isto é um grande equívoco. A Vivian tem mostrado ao grupo como é possível perder peso comendo tudo, só que de uma maneira mais cautelosa e saudável”.
Para as meninas do G-10, os encontros semanais, com uma hora de duração, tornaram-se uma espécie de confessionário, em que assumem erros e exigem o comprometimento. “Uma dá força a outra”.
Deixaram também de se reunir só para comer, agora asseguram que comem de forma saudável, para praticarem exercícios e caminhadas. Além da alimentação escolar e das festas ou comilanças que organizavam na escola, o G-10 conta-nos que houve uma influência também na alimentação familiar.
- Não é ser radical, mas para mudar, tudo tem que fazer parte desta mudança de atitude, de postura e mentalidade. É um desafio - refletem.
E um desafio menos robusto devido aos resultados perceptíveis em suas formas físicas. Em um ano, o grupo já eliminou um total de 113 quilos – uma média de 11 quilos por integrante.
O objetivo agora é exterminar outros 21 quilos até o mês de junho. E o Mulher Interativa tem a honra de informar que está de olho neste grupo e acompanhará seu desenvolvimento e suas metas.
Vitoriosas da balança
Cláudia Gibbom e Patrícia Lourenço estampam essa edição, pois possuem muito a comemorar. As duas foram as que neste intervalo mais perderam peso no grupo. Enquanto neste período, Patrícia eliminou honrados 24 quilos, Cláudia não fez por menos ao dispensar os indesejáveis 20 quilos de seu corpo.
- Tudo muda. A auto-estima melhora; passamos a nos olhar mais e com vontade - aponta Patrícia, admirada por todas as colegas por sua garra.
- Emagrecer com saúde é preciso informação, de uma ajuda profissional e muita força de vontade; querer muito e agir, devagar, sem pressa - adiciona a educadora.
Com Cláudia também não foi diferente.
- Não se trata de nascer ou de se sentir uma nova mulher, mas de se enxergar de outra maneira. De se olhar com vontade, de se desejar, de querer ver a sua evolução e o seu próprio bem - ensina ela.
- Antes levava horas para encontrar uma roupa e me vestir. Hoje, geralmente a primeira que eu pego já me satisfaço -, finaliza Cláudia.
Por que grupos dão certo...
- Os resultados do emagrecimento em grupos são muito bons, pois o apoio de outras pessoas com os mesmos objetivos estimulam à adesão ao tratamento e diminuem as dificuldades do processo – que, na verdade, são inúmeras, numa sociedade onde a comida é motivo tanto de comemorações, como de compensações de tristezas, frustrações, alegrias, etc.
Além disso, o método da reeducação alimentar prioriza o emagrecimento gradativo e constante através de mudanças de hábitos, sem a rigidez e imprudência de dietas restritivas. Mudar hábitos e estilo de vida não é fácil, requer paciência, apoio, dedicação, saber lidar com frustrações... Poucas são as pessoas dispostas a auxiliar e o grupo se revela um grande incentivador do processo - justifica Vivian.
A nutricionista
Fora o atendimento particular ao grupo de educadoras da Escola Jardim do Sol, Vivian iniciou o trabalho com grupos de emagrecimento no final de 2006, com reuniões feitas em seu próprio consultório.
- Cada novo participante passa inicialmente por uma consulta para individualizar a dieta - aponta a nutricionista. Vivian é proprietária do Espaço Viva Light uma clínica localizada na rua Canabarro 210, que atende somente grupos de emagrecimentos e de reeducação alimentar.
Já em seu consultório particular na rua Aquidaban 649, Vivian presta atendimento para o emagrecimento individual e patologias gerais [diabetes, doenças renais, hipertensão, dislipidemias, hepatopatias, etc.].
Ainda neste ano, a nutricionista pretende abrir grupos de reeducação alimentar para acompanhar crianças e gestantes dentro do Viva Light. Vivian também presta atendimento para o Centro Clínico.
Estilo Twitter
O que cada uma tem a dizer
- “Emagrecer é possível; não é um sonho, é uma realidade” – Flávia Poersch
- “Aprendi que para emagrecer é preciso educar os hábitos alimentares” – Cristina Neumam
- “Aprendi até o momento que eu posso comer de tudo, o importante é que me alimento hoje saudavelmente” – Simonne Silva
- “O grupo presta uma apoio necessário e torna mais fácil o processo de emagrecimento” – Simone Louzada
- “O processo de emagrecimento não é fácil, mas com o apoio do grupo e as informações sobre alimentação passamos a encarar o mesmo de uma forma positiva e mais tranquila” – Patrícia Lourenço
- “O início foi muito difícil, mas com as reuniões estou conseguindo emagrecer. O apoio do grupo é essencial, pois torna o processo mais prazeroso” – Carolina Bulla da Rocha
- “Emagrecer com o grupo foi muito mais fácil, pois unidas nos estimulamos, nos incentivamos. Estou muito feliz” – Cláudia Gibbom
- “Emagrecer não é fácil, mas com determinação e ajuda do grupo é possível” – Liani
Contate a nutricionista, Vivian Almeida
- (53) 3232-8515 ou 2125-3007
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