** Escrito pelo doutor Theo William Hackbart
Hackbart é graduado pela Faculdade de Odontologia de Pelotas e especialista em Ortodontia pela Sociedade Brasileira de Correções Odonto-Maxilares.
Esta é uma dúvida freqüente entre a maioria dos pais, não sabendo ao certo o momento mais adequado para levarem seus filhos ao ortodontista.
Convencionou-se, em nosso meio, aguardar até que todos os dentes decíduos, ou de “leite”, caiam e sejam substituídos pelos dentes permanentes, o que normalmente ocorre em torno dos 12 anos de idade.
Este fato, se analisado por meio de conhecimentos científicos, indica a terapia ortodôntica na pré-adolescência, durante o “surto de crescimento puberal”, fase essa em que o indivíduo mais cresce em um menor intervalo de tempo. Durante esse período, a ortodontia e a ortopedia se propõem a harmonizar os traços faciais, posicionando os dentes corretamente em suas bases ósseas.
Na prática ortodôntica moderna, porém, o ortodontista não mais espera que o problema dentário ocorra, podendo por meio de diagnósticos e terapias específicas prevenir e interceptar uma má oclusão dentária. Desse modo, se torna comum o tratamento ortodôntico em crianças a partir dos 5 ou 6 anos de idade, quando, uma vez constatado o problema, se inicia a terapia mais indicada.
Salientamos que essa modalidade de tratamento normalmente é feita em duas fases, uma por volta dos 6 anos e outra em torno dos 12 anos. Procedemos assim para evitar um desgaste biológico, emocional e até mesmo financeiro ao nosso paciente, pois caso o tratamento fosse realizado em fase única, o paciente usaria aparelho por muitos anos.
Sabemos que cada tipo de má oclusão tem sua fase ideal de tratamento, e muitas vezes se espera por ela, reduzindo em muitos meses o tempo de tratamento ativo.
O tratamento preventivo e interceptativo ainda pode evitar a necessidade de extrações de dentes permanentes em um tratamento ortodôntico futuro, simplificando e tornando essa terapia bem mais receptiva aos nossos pacientes.
Estando em dúvida, sugerimos aos pais e responsáveis procurarem um ortodontista para uma avaliação precoce da dentição de seus filhos, a fim de que o profissional determine a necessidade ou não de um tratamento, assim como a idade ideal para o início da terapia ortodôntica.
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