26 de abril de 2011

REALCE

Por: Bira Lopes



Márcia de Ávila Brum
46 anos, serviços gerais

 

BAGAGENS FAMILIARES

Crônica: Rosane Leiria Ávila



O mês não é de agosto (nem de desgosto) e como afirmam os mais antigos, dedicados às superstições. Sutilmente evocadas no dia a dia, mesmo que nem as percebamos de imediato, elas podem, muitas vezes, atrapalhar a vida das pessoas. E duvido que não conheçamos pelo menos uma que deixe de fazer alguma coisa ‘porque isso não presta ou dá azar’. Ela não sabe bem dizer a razão, mas repete para outros e para si própria o que lhe foi passado.
Superstição não tem explicação científica e se baseia em crendice popular, passada de geração a geração. Nossas mães herdaram uma coleção delas de nossas avós, que por sua vez também herdaram de suas mães e assim sucessivamente. São alguns itens das enormes bagagens familiares.
Algumas que me ocorrem no momento: “Não guardar roupas pelo avesso; se colocadas por engano não podem ser desviradas antes do meio dia; deixar sapatos trocados ou virados com solas para cima dá azar; chinelo de cabeça para baixo pode provocar a morte da mãe; abrir guarda chuva dentro de casa pode atrair morte; lua nova de sempre ser olhada de frente, nunca de lado para mostrar que não se tem medo de bruxas; quebrar espelho dá sete anos de azar; derramar sal dá grande azar; passar por debaixo de escada também dá azar; toda sexta-feira 13 é dia ruim e podem ocorrer fatos desagradáveis; se for sexta-feira 13 de agosto é prenúncio de coisa pior ainda etc, etc.
Ainda lembro que quando criança, havia brincadeiras que não podia fazer sem receber uma reprimenda, como revirar os olhos, pular numa perna só ou andar corcunda, pois ‘os anjos podiam dizer amém exatamente naquele momento e eu ficaria torta e zarolha para o resto de minha vida’. E, por conta disso, morria de medo de que ele, meu anjo, fizessem tal maldade comigo!
Ainda há outras superstições como jamais afirmar ‘nunca’ ou ‘não posso’ em citações para si próprias. Mas, essas entendi o sentido tempos depois, e quem já leu o livro ou assistiu o documentário The Secret, sabe que é o próprio atuando: ou seja, a Lei da atração. Você atrai para si o que está pensando ou querendo. Coisa boa ou coisa ruim. As nossas emoções, que são produtos dos nossos pensamentos, produzem os acontecimentos do dia a dia; se tivermos emoções positivas, então, teremos bons acontecimentos, mas se, ao contrário, tivermos emoções ruins, serão elas que atrairemos para nossas vidas. Resumindo: se você afirma e se fixa em coisas positivas, elas vão acontecer porque o Universo atende os seus desejos.
Um exemplo citado no documentário é o de que quando acordamos de mau humor, atraímos uma sucessão de acontecimentos ruins ou pequenos transtornos. E que basta uma mudança no nosso temperamento para que coisas boas  voltem a acontecer e, assim, atrair mais coisas que manteriam bons acontecimentos. "Você atrai aquilo que transmite".


REALCE - Por: BIRA LOPES


 
Nora Ney Espíndola Mota
57 anos, Pedagoga



COMPLETOS ESTRANHOS

Crônica: Ju Blasina


 
Se um casamento pode, muitas vezes, trazer à boca um gosto amargo, oriundo das palavras mal digeridas, das não ditas, das mal pensadas, das excessivamente repetidas tornando o convívio um tanto indigesto, experimente a acidez de uma separação. Por mais civilizadas que duas pessoas possam ser – ou pretender assim o ser – não há divórcio que, em algum momento, não mande a moral e os bons costumes ‘pros diabos! E a casa, que até outro dia fora chamada de lar, dá lugar a um imenso - e do mais absoluto mau gosto - barraco!
Desaforos, desabafos e desafetos... E aqueles dois seres que, há pouco, formavam um “nós”, quase um, tornam-se dois “eus” de comunicação nada agradável e pouco inteligível. Ao menos por um tempo. Tempo este longo o suficiente para sobrepujar a gama de memórias – boas, ruins, mistas – que levaram anos e anos de convívio para serem lapidaram. O rancor cai sobre nós como uma bigorna desgovernada!
Ninguém sabe dizer com precisão quando começa uma separação. Imagina-se que seja algo ocorrido entre o fim de um “quem somos nós?” e o início de um “quem sou eu?”. Não que alguma dessas perguntas venham – ou precisem vir – a ser respondidas um dia, mas, o simples brotar das interrogações recorrentes acaba por trazer consigo um pequeno fio que, quando puxado, seja por curiosidade ou ignorância, arrasta um enorme novelo de problemas sobre nós.



Feitas as perguntas, puxado o fio da meada, enchidas a boca, mente e alma de amargura, a separação se faz presente. E o que foi do passado? Já foi, e o que foi, foi, agora, pouco importa. E o que será do futuro? O que será, será, ainda não é, ainda não foi, não se pode prever, nem adiar, escolher ou adiantar. O que se tem é o lugar onde se está: um fragmento daquilo que se conhecia como inteiro, mas que já não era bom o suficiente, grande o suficiente... já não era o suficiente para coisa alguma e ponto.
Quando se passa por, presencia uma, ou pensa em separação, primeiramente imagina-se que o pior nela são as brigas, as ofensas, as mágoas adquiridas, o transformar daquele que foi seu antigo grande amor, em seu mais novo e cruel inimigo. Ainda que não seja essa intenção, ainda que o desejo seja tê-lo eternamente em seu mais seleto grupo de grandes amigos. Imagina-se ainda que o mais difícil seja desvencilhar vidas tão bem entrelaçadas, o dia-a-dia de um atrelado ao do outro. E separar as contas e dividir os bens e descobrir o que fazer com os amigos em comum: enfileirá-los e submetê-los a um constrangedor uni-duni-te? Esperar e sofrer ao vê-los tomando distancia, rumo ao “inimigo”? Admitamos, não é nada fácil ser amigo de um casal recém-separado! Quando se apoia a um, se magoa o outro, quando se fica aguardando na imparcialidade, se corre o risco de ser mal compreendido por ambos, quando se tenta abraçar aos dois, se é pressionado até explodir. Como diria L. F. Veríssimo: respeito e consideração por aqueles que estão passando pela separação de um casal amigo.



Passar por uma separação requer, mais do que nunca, o exercício da arte do desapego. Não só o abrir mão de pessoas e bens importantes, mas abrir de um futuro que julgávamos conhecer. E de uma série de pequenas coisas que só se mostram valiosas com o passar do tempo: aquele filme que você nunca mais conseguirá ver, aquela música que nunca mais tocará em seus ouvidos da mesma forma, as tantas piadas que não mais serão entendidas. Uma risada que nunca mais será ouvida tão de perto. É a transformação de uma realidade e, com ela, a transformação irreversível de um ser – ou de dois, ou de vários daqueles cujas realidades tangenciavam aquela que já não existe.
Mas, o que fazer? Aquilo que parece ser a “coisa certa”, pelas razões erradas? E afinal, o que é certo e o que é errado quando se fala de amor? Ah, estamos falando de separação, logo, não há mais amor para se discutir, certo? Errado. Ainda há amor, assim como ainda há futuro e há chance para felicidade – de ambos, mesmo que juntos já não sejam aquele “nós”. Há vida. E há, principalmente, a transformação de tudo o que está envolvido no processo. Sejam eles um novo “eu”, um novo “tu”, em novos presentes e novos futuros. Que sejam eles novos, que se tornem completos, mas que com isso – e apesar disso – jamais se tornem estranhos.

O CIÚME

Crônica: Gabriel Colombo




Nós desconfiamos dos outros pelo conhecimento que temos de nós mesmos. Se, a quem a gente ama, temos suspeitas que são, ou podem ser, nunca sabe-se, pura dissimulação, falsidade. Aventuras e sensualidade vulgar longe de nós sabes por quê? Apenas pelo fato que conhecemos a nós mesmos. O que os outros fazem, quando dobram a esquina, não podemos botar nossas mãos em fogo. Duvidamos dos outros pelo mesmo motivo que duvidamos de nós.
… [Para te dar a certeza que eu fui teu, e por um tempo, eu fiquei em ti. Esta certeza eu queria te dar. Caso nunca tenhas acreditado. Pena que foi só por um tempo. Ou melhor, que foi por um apenas desse todo tempo giram as órbitas do planeta. Lamento, porque eu estava gostando. E lamento… que algo não me deixava gostar mais. Entendes assim? Eu queria a ti.
Mas também queria as demais. Eu disse, após o primeiro dia, que voltaria. E tu, como se fosse obvio porque me julgas, segundo a ti,  disseste que não voltaria. E me lembro de ti, ah,toda sem graça, me abrindo a porta. Não acreditando que eu havia voltado. Te confesso que  nem eu calculei. Eu não sabia se entrava. Se ficava. E quando saía, para onde eu ia, ou iria? Mas fui ficando. Num lugar com pernas, mas não segui sem com coração. Sei que com duvidas. Me  esquecendo do que eu devia ter te contado desde o inicio. Do que eu deveria ter contado pra mim mesmo sempre que me olhava no espelho antes de sair de casa naquela jaqueta azul marinho na qual tu me adoravas. Eu havia sonhado e resolvido, em terapia ou tomando banho, estarem impedidas, por não sei quanto, todas as formas de envolvimento, de ternura, de laço que tentam nos envolver para acabarmos presos em correntes. E com pulsos algemados. Quem tem culpa? Quem e culpado? Então eu sei que eu te convidei para dançar, cantar errado comigo. Banquei criança.
E desculpe. Não deu. Uma hora tu deves ter percebido. Meu sonhos estavam transbordando. Eu estava guardando vontades. E eu não cabia em mim a ponto de ter que me dividir em mil.
Não existe uma lei que nos garanta que alguém é do outro cem por cento. Assim como é impossível romper a lei física da gravidade e da morte. E do brotar das flores também.
Essa semana eu fui a uma Galeria de Arte aqui em Londres. Ver uma exposição sobre Marilyn Monroe. Até hoje eu não sei se ela foi atriz ou boneca erótica. Mas não importa. O que interessa é que li frases de seus diários originais, os quais ela mantinha. E o que me impressionou, apesar da fama dela de burra, foi a seguinte frase (escrita numa letra tremida), talvez por droga: “ Um dia, apenas mínimos fragmentos de nós irão tocar pequenos fragmentos dos outros.”

Para fugir com estilo do frio


Texto e pesquisa:
Bruno Zanini Kairalla
Imagens: Divulgação


Foram três dias de pesquisa, percorrendo lojas da cidade e conferindo em blogs as tendências e dicas dos espaços virtuais. A conclusão do perfil destas novas estações: a moda nunca esteve tão simples, iluminada, natural e homogênea. Várias tendências, inclusive, valem não somente para elas, mas também para eles. E muito do que foi inserido nas estações passadas, no verão e no inverno passado, continua em voga – só que agora em evidência ou vigência pelas regras de uma nova tendência: o minimalismo.




Estilos e tendências
O que entra e permanece para homens e mulheres

- Casacos mais curtos, centrados no estilo aviador, menos militarismo (embora ainda em alta) - - A cor do momento: camelo (substituindo o nude)
- As cores chamativas do momento: roxo uva (no lugar do rosa e lilás), amarelo e laranja
- As cores clássicas do momento: preto e branco – preto e prata
- Continua o clima nostálgico, inspirado fortemente no interior
- Para mulheres, um retorno aos anos 70 com a saia longa, a peça coringa do momento
- O novo minimalismo ou o estilo minimal chic, ainda mais sofisticado, atraente e moderno
- Cabelos: fios curtos e com volume são a tendência da nova estação
- A força total do xadrez no clássico branco e preto ou preto e prateado
- Para a noite, brilho, transparência e inspiração em composições modernas e futuristas
- Nos sapatos (novidade no estilo Oxford) e cintos (finos), o verniz dá o acabamento
- O bico fino dá a vez ao bico amendoado (não tão fino, nem completamente redondo)
- Ainda para mulheres: a volta das botas na altura das coxas, cano bem alto, estilo Xuxa
- Na maquiagem, a busca da naturalidade com tons rosados, conforme o mestre da beleza Bira Lopes

Em alta – Para mulheres
- Brilhos, rendas, transparências e bordados estão mais em evidência do que nunca!
- Casacos mais curtinhos, assimétricos e despojados ao estilo aviador.
- Rendas nas barras de short e saias compõem um visual delicado. Por sinal, transparências e rendas aparecem muito também em sapatos, como propostas de modelos para a noite.
- O curinga do guarda-roupa: Por tudo o que se viu nos últimos e grandes desfiles, a saia longa é a grande queridinha das novas estações. Do estilo informal, despreocupado para as noites de festas. Além delas, também estão em destaque às saias em comprimento midiabaixo dos joelhos. Camisas mais leves e delicadas misturadas com saias pesadas, em tonalidades vivas.
- Cintura alta marcada por cintos largos ou finos.
- A alfaiataria está em alta: tecidos nobres e repletos de texturas.
- Do verão para a temporada das baixas temperaturas, o macacão ressurge repleto de detalhes em cores intensas, sugerindo clima de lazer e descontração. Para deixar o look bem feminino, aposte em acessórios delicados e também em sapatos em tons tigrados. Estes tons, por sinal, estão nos acessórios e nos sapatos.
- Peles estão em alta, presentes também casacos e jaquestas
- Peças com referência nos anos 70 como a pantalona e o estilo navy continuam fazendo parte dos looks do inverno
- Combinação de tecidos leves – como musseline e tules, com os pesados jeans, couros e lãs
- Tricôs grossos com ponto grande e os finos com ponto bem apertado são as novidades da estação, assim como o couro, presente em todas as peças do guarda-roupa, em detalhes preciosos.


Tendência do momento: Minimalista
Cortes estruturados, leves, design perfeito. O minimalismo - uma das tendências mais antigas da moda – retorna com tudo. Peças minimalistas são aquelas tão bem recortadas que sozinhas bastam. O conceito traduz a expressão da roupa: a peça fala por si, transmitindo delicadeza e elegância. Exatamente por isso não é exigido muito o uso de acessórios.

Outras características da chamada minimal chic: sofisticação e a precisão da forma aplicada no corte, na alfaiataria compondo a estética clean que valoriza a silhueta e as formas femininas. Tecnologia, precisão e atemporalidade resumem a tendência. Visual para pessoas que fazem uso do estilo clássico. É uma questão de estilo gostar do minimalismo. “O novo minimal revê o conceito construído por linhas retas e a estética superenxuta, dando espaço à feminilidade. Decotes sinuosos, cinturas levemente marcadas e até um volume agora figuram no time do “menos é mais”. A cartela de cores passeia entre os tons pastel e as nuances mais vivas” - Revista Estilo


A cor do momento: Camelo
 - Desbancando o nude, a aposta deste inverno está no camelo [tonalidade de canela dourada com um tom terroso, entre o bege e com um leve toque de marrom] - cor que no passado foi chamada de caramelo. Mas atenção: esta cor tem tendência de deixar as pessoas pálidas, por isso, capriche e fique atenta na maquiagem.
- Da boca para o look completo, o vermelho continua vivo, porém mais fosco e alaranjado
- Nas novas peças, invista também nos tons marinhos, cáqui, musgo e verde lima. “O azul está de volta e forte. Os tons marinhos devem entrar com tudo”, avisa Bira Lopes. Em alta, looks “total jeans” aproveitam bem as tonalidades de marinho.
- A dupla clássica e infalível, o preto e branco impõe novamente um casamento perfeito, seja para os trajes de festas ou também na informalidade do dia a dia.
- Outro casamento de sucesso: marrom ou tons de bege com preto

Acessórios
- Segundo a Emilice Calçados, bolsas em tamanho médio e mais estruturais
- Golas e luvas imitação de pele de animais
- Meias 7/8 na altura dos joelhos
- Cintos finíssimos (estampa de onça e tigrados com verniz)
- Pulseiras coloridas
- Depois das maxi-pulseiras, colares e óculos, agora é os Maxi-anéis - anéis grandes, pesados, com aplicações de pedras enormes.


Cabelos: o retorno do volume
Madeixas mais elaboradas, assimétricas ou repicadas e com muito volume. Os comprimentos vão variar dos curtíssimos ao corte médio, na altura dos ombros - com franjas mais curtas ou um franjão de lado. O volume é tanto para quem tem fios lisos como cacheados. Os modelos do corte vão dos clássicos às versões assimétricas e cheias de estilo. Práticos, descolados, muito modernos e realçam mais o rosto feminino. “A tendência é aposentar as chapinhas, pois o volume está em alta. Cabelos médios e curtos”, encerra o estilista papareia, Bira Lopes.





Maquiagem
As tendências da nova temporada também convergem para o minimalismo: a estação diz 'não' ao exagero! Para o mestre Bira Lopes, a naturalidade e os tons rosados entram com tudo. Para os maquiadores Bruno Padovan e Yone Motta, a pele será homogênea e a evidência ficará reservada a iluminação dos olhos e lábios, mas não ao mesmo tempo. Tons terrosos e cores mais escuras vão dominar os olhares.

- A boca vermelha continua em alta, só que agora seguindo outros tons, mais puxados para o vinho ou para um marrom mais quente.
- Sombras mais sóbrias: Yone Motta adianta que tons de folhas secas serão hit: "Os olhos vão pedir cores menos críticas e mais sóbrias, como o verde escuro, marrons e laranja queimado". Azul marinho e ameixa, diz Padovan, devem ser acrescentadas à paleta de sombras.
- Sombras para a noite: A recomendação de Yone Motta é investir nas sombras prata e preta. Já Bruno é fã do cinza grafite: "Dá dramaticidade ao olhar".
- Cílios postiços: Aproveite o período para abusar dos cílios postiços, e não apenas para a balada. "Na Europa, cílios postiços são tão comuns que você vê as mulheres usando durante o dia, dentro do metrô; é uma pena mas aqui no Brasil o costume é usá-los apenas à noite", diz a maquiadora Yone Motta, que sugere o uso dos cílios lateralmente para quem gosta de marcar presença: "Desta forma, o olhar fica mais aberto, ganha um volume panorâmico".
- Delineador bem marcado: Abuse do delineador e arrase com os olhos marcados. O olhar do tipo gatinho continua em alta. "Se quiser um olhar poderoso, não pode pesar a mão no batom e vice-versa. Muita informação deixa o make pesado", conclui Bruno.


Sapatos
Numa visita a Emilice Calçados uma ideia geral e completa de todas as novidades. Diretamente do guarda-roupa masculino, o queridinho do momento fica por conta dos sapatos Oxford, nas versões bico fino, redondo e com salto. Outras apostas são nos sapatos Peep Toe e meia pata. A troca dos bicos finos dos Scarpin pelos bicos amendoados, arredondados (mas não muito). A variedade dos sapatos também se fortalece nos formatos do Mocassim – “tanto altos, como baixos”, adiciona a modista Caroline Nunes, uma das simpáticas funcionárias da Emilice. “Nos detalhes, o brilho, a renda, os tigrados e as cores fortes como uva, verde folha e oliva. O verniz também está em alta. Outra tendência é o couro de avestruz”, resumem elas. Não podemos esquecer também que as ankle boots – “na verdade todas as boots”, avisam – continuam em alta.

Com o charme masculino 

   
Conforto e formato livre. O estilo retrô, peças vintage continuam em alta para os homens, só que ainda mais mergulhado num clima nostálgico, seguindo o espírito do interior. Na noite, a pedida é por uma composição mais moderna com efeito futurista. Para um look descontraído e ousado, invista em tecidos metalizados (muito em alta!).

Calças justas, estilo skinny, ainda continuam em destaque, entretanto, a moda da temporada investe também nos modelos amplos de cortes soltos ao corpo como apostas da estação. Em versões sóbrias ou básicas, as calças estilo baggy e saruel conferem atitude e, especialmente, conforto aos seus visuais do inverno.


Por mais que as lavagens delavé, os efeitos puídos e o visual desgastado de recortes desfiados tenham presença garantida entre os lançamentos, é o black denim, clássico e básico, a vedete do jeanswear masculino. Sem intervenções, ele esteve presente nos trabalhos da Cavalera, Armani, Ellus e Herchcovitch. O efeito amassado é, em geral, o mais frequente no jeans; enquanto os bordados em matelassê foram adotados por Herchcovitch em calças e jaquetas de couro, peças igualmente valorizadas na proposta da Cavalera.

Aposte também nos casacos e calças texturizadas: superfícies texturizadas, seja pelo próprio tecido, seja pelo trabalho resinado em jeans e pelas construções em matelassê no couro, estão entre as tendências lançadas durante o SPFW para a moda masculina do inverno 2011.



A palheta de cores é baseada em tons de azul royal, amarelo mostarda, roxo, laranja, cinza, cáqui, e, claro, muito preto. O contraponto entre o preto, branco e prata continua forte nas próximas temporadas. Enquanto o rosa está mais esquecido, o lilás continua firme e ainda com vigor. Também seguem as gravatas estreitas e escuras com camisas brancas. Invista em cachecóis e suéteres, que conferem elegância. Engravatados devem apostar em ternos elegantes com modelagens perfeitas e impecáveis, com uma silhueta séria.


Fique esperto
* Coletes e blusas em decote V continuam em alta e devem chegar novamente ao verão.
* As silhuetas são em geral justas e levemente marcadas.
* Para um visual mais urbano, os suéteres são encurtados,com estilo jovial e charmoso.
* Os casacos trabalhados no couro surgem nos mais diversos comprimentos, de corte rigoroso e em estilo militar.
* Valorize sofisticação dos cortes e uma estética mais sóbria: Alongados ou em comprimentos intermediários, sobretudos e trench coats estão em voga também para valorizar com charme e estilo os looks masculinos
* Paletós, coletes e calças carregam nos xadrezes (sim, ele se mantém firme nesta estação), listras e losangos. Enquanto a estamparia dá o tom casual às peças, impressões e construções em padronagens conferem um quê clássico e tradicionalista.
* A barba tem marcado presença em diversos desfiles de moda mundo a fora. Mas, engana-se quem pensa que é a barbinha discreta por fazer. A moda é aquela barba farta meeeesmo: quanto mais cheia e bagunçada mais fashion.
* Boinas, gorros e cachecóis – A maioria em pontos grossos e com estampas listradas.
* Cintos – O couro desgastado deu charme aos cintos, além de uma boa variedade em cordas com detalhes em couro.
* Sapatos – Oxford, Brogues, Loafer e Botas (workboots, desert boots, walking boots e biker boots).


PERFUMES
Os importados + vendidos para eles em 2010:
1°. Azzaro Pour Homme (foto)
2°. Hugo Boss
3°. Ferrari Black