30 de julho de 2009

Quer teclar?!

Cada vez mais pessoas se conhecem primeiro na web e só depois ao vivo





Hoje em dia pagamos contas, compramos livros, eletrodomésticos, passagens de avião, tudo pela Internet. Pesquisamos sobre qualquer coisa, vemos vídeos, jogamos partidas com pessoas do outro lado do mundo, fofocamos, nos informamos sobre o que está acontecendo na esquina e no Oriente Médio. E não piscamos mais o olho para flertar com um pretendente: damos um clique.


Como todo conto de fada, tem sua bruxa má: a distância, que carrega a desconfiança
Uma tecladinha aqui, uma olhada no Orkut ali, uma passada no blog. Pronto: interesse, flerte, encantamento e primeiro encontro. Uns declinam na etapa do telefone. Outros não passam do primeiro chope. Alguns constroem belas amizades. E há os felizardos que se conhecem via web e seguem juntos até o altar.

Sempre alerta
Conhecer um pretendente pela Internet exige prudência, como considera a comerciante Flávia Santino. “Vivemos na era virtual, em que muitas pessoas se escondem por trás da tela do computador. Alguns, por timidez. Outros por dissimulação mesmo”, lembra Flávia.

Na rede todo mundo é lindo, paciente, romântico, carinhoso. Na vida real, a surpresa pode desagradar e o príncipe ser grosseiro, pão duro, um sapo. “Devemos impor limites e dar atenção ao nosso sexto sentido. Uma mentira não se sustenta por muito tempo”, aconselha.


A engenheira Andréa Carla Farias Souza conheceu o par perfeito pela Internet, em um site de encontros. “Durante seis meses, trocamos e-mails, sem foto, sem câmera. Jogando limpo. Deu certo”, comemora. Mensagem vai, mensagem vem, todas guardadas até hoje, surgiu a vontade do primeiro encontro. Detalhe: ele morava em São Paulo e ela no sul do país. Foi quando o casamento de uma prima de Andréa, em Santos, pareceu ser a situação ideal.

“Nos conhecemos em um shopping. Minha irmã e minha sobrinha me acompanharam e ficaram longe. Ele disse como ia estar vestido e eu também. Conversamos, continuamos a nos corresponder e passamos a nos encontrar todos os finais de semana”, conta. Os encontros costumavam ser no meio do caminho entre uma cidade e outra – em Curitiba. Os dois namoraram por mais de um ano e estão casados há dez. Isso é que é final feliz!

Para que tudo dê certo, é necessário ter certos cuidados:


- Fale com moderação. "É claro que a intenção é conhecer o outro e se deixar conhecer. Mas ninguém precisa contar a vida toda, dar identidade e CPF. O ideal é falar e ouvir o básico", sugere Mariana.

- Marque o encontro em um lugar público. "Deixe o convite para conhecer a sua casa mais para frente. Nem vá à casa dele. Nunca temos certeza de com quem estamos lidando", avisa a psicóloga.

- Conte a uma amiga. "Antes de sair, ainda que pela segunda ou terceira vez com o pretendente, ligue para uma amiga e diga para onde vai e a que horas pretende voltar. É melhor ter precaução", finaliza Mariana Matos.


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