Enquanto de um lado da cidade, mulheres de várias idades se aglomeravam para atirar suas calcinhas e acertar a apontaria no cantor Wando, fazendo coro para “meu iaiá, meu ioiô”, do outro, em volta aos quadros em mosaico da artista Zezé Chaplin, presentes na sala Abeillard Barreto do Centro Municipal de Cultura Inah Emil Martensen, uma outra manifestação da arte tomava conta do local.
Por Bruno Zanini Kairalla
- Fotos-reportagem: Bruno Kairalla/Divulgação
- Sugestões: bruno.kairalla@gmail.com
- Editora: Rosane Leiria Ávila - rosane.jornalagora@gmail.com
Músicos rio-grandinos, voltados para um rock de ampla expressão, recebiam um público seleto e exigente por qualidade, que participou da 5ª edição do Garotas Fazem Arte, um projeto coordenado pelo músico Luiz Feitosa, 48 anos, conhecido como “Carioca”.
E foi assim, com direito a casa lotada, demonstrando não só o interesse, como também o sucesso de público, que eles comemoraram na última segunda-feira, 8, a passagem pelos 100 anos do Dia Internacional da Mulher.
- Este foi um evento criado na intenção não só de estimular a formação das bandas locais femininas, como mostrar a importância da função delas no cenário musical. Um evento criado para que as gurias pudessem mostrar o seu talento -, define Carioca.
Ao fundo, The Frowzys
E quem esteve por lá, viu: elas deram um show!
Apesar de não ter nenhuma banda formada apenas por mulheres, o evento contou com a participação de quatro bandas Outdate, VMax, The Frowzys e Tracy Lords – todas compostas por mulheres - e mais duas artistas, Marina Reguffe e Giovana Suita, que se intercalaram pelas mais de duas horas de espetáculo.
Carioca Feitosa
Contrabaixista da Tracy Lords, Carioca é responsável por um dos primeiros estúdios na cidade, criado há 16 anos, que hoje gerencia cerca de 20 bandas, todas voltadas para o rock.
Foto: Divulgação
Além da banda cover Tracy, ele atua nos vocais e guitarras da Vampiros Nordestinos, banda com canções próprias voltada ao estilo "Copy and Past Rock”. Nela, Carioca também responde pela autoria das canções. Somado a Vampiros e a Tracy, ele ainda atua no violão do grupo Som do Samba e o contra-baixo da Trashdândis.
Centro Municipal de Cultura
Responsável pela produção de no mínimo cinco eventos dentro do Centro Municipal de Cultura, todos gratuitos, inclusive este último das mulheres, Carioca desde já planeja os próximos, como o 3º Baladas Românticas, no dia 12 de junho, em comemoração ao Dia dos Namorados e a 7ª edição do Tributo a John Lennon, sempre realizado em 8 de dezembro, dia em que o cantor foi assassinado. Em 2010, a triste lembrança dos 30 anos de sua morte. Ele aponta também a 2ª edição de Nos Tempos da Jovem Guarda, que em 2010 celebrará os 40 anos de surgimento do grupo.
- Confira os eventos na comunidade oficial do Centro, clicando aqui!
Entre outros eventos organizados pelo músico, como a 3ª edição do “Cordas & Vozes” – em que artistas mostram suas composições através de um simples violão, durante a programação do Maio Cultural -, Carioca destaca ainda o próximo evento que concentra sua atenção: o “Planeta Terra Festival”, na quinta-feira do dia 22 de abril.
Divulgação
- Criado em 1970 nos Estados Unidos, o Dia do Planeta Terra é celebrado em 22 de abril, pois foi o primeiro protesto nacional contra a poluição e ganhou países adeptos ao movimento. No evento que vamos fazer no Centro Municipal de Cultura, trabalharemos em cima de um material com fotos, vídeos, além de palestras e shows com diversos estilos musicais - explica e antecipa o músico.
5º Garotas Fazem Arte
- Por ordem de apresentação
1. Giovana Suita
Por toda a experiência e prestígio que adquiriu ao longo desses anos e por tudo o que já representou na vida dos artistas rio-grandinos, a professora em canto e música, Giovana Suita, licenciada pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), e que abriu de forma sensível e esplendida o evento, será a entrevistada principal da próxima semana do caderno Mulher Interativa.
Foto: Bruno Kairalla
Na reportagem, Giovana falará sobre a sua trajetória de vida, suas experiências na arte da música, os artistas em destaque, como também traçará uma avaliação sobre o próprio cenário musical rio-grandino. Não perca!
2. The Frowzys – “Os Carpenters de Rio Grande”
A Banda
Em sua comunidade do Orkut (acesse), eles se comparam e apresentam como “Os Carpenters de Rio Grande”. O primeiro ensaio ainda é recente, data do último dia 15 de dezembro, quando a The Frowzys ainda atendia pelo nome de “Nicotines”. O que era de início apenas uma “projeto paralelo”, como evidencia Luis Espinelly, músico fundador do grupo, virou uma “banda de verdade”.
No objetivo de produzir um rock no estilo alternativo, do tipo indie rock, que busca mesclar tanto músicas próprias como a de bandas conhecidas - e outras nem tão conhecidas assim -, a estreia do grupo ocorreu justamente na 5ª edição do Garotas Fazem Arte.
Primeira banda a se dirigir aos convidados, o quinteto logo dominou o palco ao executar “Superstar” dos Carpenters, numa apresentação que empolgou o público e logo revelaria o que se podia esperar da noite.
Foto: Bruno Kairalla
Depois foi a hora de presentear o público com duas canções inéditas: “Living Life” e “Lost Souls”. Para encerrar, mandaram “Oh! Sweet Nuthin”, do Velvet Underground.
No total, a banda já responde por nove composições.
- Por enquanto, vamos continuar os ensaios, queremos gravar algumas músicas e disponibilizá-las em no nosso myspace (acesse), para então gravar um CD propriamente dito -, revela a vocalista.
Foto: Bruno Kairalla
- Estamos muito no começo de tudo e a oportunidade de participar de um evento de peso como esse foi gratificante para todos nós -, acrescenta Freak (foto acima).
Uma estrada pela frente e o público agradece pela formação dessa mais nova promessa rio-grandina!
Visão Feminina
Além de compartilharem o palco, as representantes da The Frowzys, Suellen Rubira (a vocalista Freak), 28 anos, e a baixista, Louise Silveira (Lou), de 18, também são estudantes do mesmo curso, Letras Português/Inglês.
Foto: Bruno Kairalla - As duas componentes
Como vocal feminina da banda e apesar de considerar cada membro como uma peça chave, Suellen reforça que encara o desafio com uma grande responsabilidade. Louise observa:
- Acredito que ser mulher e tocar numa banda de rock é algo que chama atenção por ser pouco comum na cidade, no entanto, aos poucos, as meninas estão ingressando nesta área que sempre foi predominantemente masculina - expressa ela.
Divulgação
As duas foram convidadas pelo guitarrista fundador da banda, Luiz Espinelly, também integrante de outra banda rio-grandina, Tangerines, formada em julho de 2006. Espinelly já atuou também ao lado de mulheres na Outdate e na Luiza Prefere A Morte.
Foto: Bruno Kairalla - Espinelly
- Queria tocar rock, não importa com quem -, explana ele, indiferente ao gênero de seus colegas. - O importante é estar entre amigos -, complementa Espinelly.
Embora acredite alguns poucos mantenham ainda um certo “ranço” com relação as mulheres inseridas no rock, ele declara que esse processo de aceitação ocorre de forma natural, com a ajuda da mídia, dos próprios músicos e garante que o mais percebe hoje é o sentimento de admiração que elas provocam no público.
DADOS
- 5 Integrantes: Freak (vocal), Eduardo (bateria), Lou (baixo), Aleques (guitarra), Luiz F. (guitarra)
- Influências: The Beatles, Belle and Sebastian, Carpenters, Cat Power, Damien Jurado, Hole, Jeff Buckley, Luna, Neil Young, Nirvana, Pearl Jam, Wilco, etc.
- Contato: (53) 9104-7930 (Suellen)
- E-mail: thefrowzys@gmail.com
3. Outdate – “Frescor e sensualidade ao ROCK”
A Banda
Mesmo com o pouco tempo de estrada - formada em outubro do ano passado -, a Outdate já dispõe de uma identidade, com ótima performance de palco. Como bem reforça um de seus seguidores na sua comunidade do Orkut (acesse), Luiz Espinelly, a banda "já começa a ocupar o seu lugar como uma das melhores da cidade”.
Foto: Divulgação
E quem se depara com o som do quarteto, confirma. Logo nos primeiros ensaios já respondiam por três canções próprias. Hoje, já somam em oito, com letras de temas variados, geralmente abordando uma visão mais ácida das relações humanas.
Foto: Bruno Kairalla
A principal meta do grupo é a gravação do primeiro CD de inéditas.
- E com isso conseguir expandir o número de fãs, fazer muitos shows, tocar nas rádios, em outras cidades. A lista é grande -, promete a vocalista Karol, que acrescenta que a Outdate já está com um single pronto, esperando apenas pela finalização da capa.
Foto: Bruno Kairalla
No perfil do myspace (acesse), não negam que buscam na música do passado elementos que a tornem relevante no presente. - Tocamos alguns covers das bandas dos 90's e 80's -, acrescentam. Além de composições, a Outdate investe em linhas de baixo marcantes e com um papel importante e frontal na melodia das músicas.
- O trabalho de guitarras é experimental e traz às canções algumas atmosferas climáticas e viajantes. A abordagem das batidas é básica e mecânica. Os vocais soam com uma personalidade marcante -, propagam no canal.
Foto: Bruno Kairalla
Dentro do evento , a Outdate executou três de suas composições, presentes no futuro CD de estréia: The Brightest Star – com mais de 290 visualizações (confira o vídeo abaixo) -, Never Around e This Is How The Story Ends.
Fiquem de olho neste quarteto, pois para eles:
- Todas as portas estão abertas!
Visão Feminina
A proposta é apostar no rock com os vocais femininos, pois, de acordo com a vocalista Karol (foto abaixo), o grupo percebeu "uma possibilidade a explorar, trazendo frescor e sensualidade ao rock".
- Não dá para negar que a presença feminina atrai um público diferente. Avril Lavigne e Paramore estão fazendo sucesso no mundo inteiro. Por aqui temos a Pitty. A imagem feminina na música está bem aceita no mercado, mas a coisa mais importante numa banda é ter músicas boas. Sendo assim, cresceu muito o número de mulheres em bandas. Se ainda existe algum preconceito, ele não é mais tão sentido -, evidencia Karol.
DADOS
- 4 Integrantes: Karol S. (vocal), Will F. (guitarrista), Few (baixista), Rick (baterista).
- Influências: “Nossas influências são as bandas de rock, pop e dance music dos anos 80 e 90, como Garbage, Curve, Everything But The Girl e The Cardigans".
- Contato: (53) 3232-6411 e 9946-6105.
- E-mail: outdate.banda@gmail.com
- Acesse:
4. Marina Reguffe
A trajetória
Professora de inglês há dois anos - profissão também influenciada pela música, uma vez que a maioria das letras que ela sempre teve o hábito de ouvir é nesta língua – Marina Reguffe tem 24 anos e uma voz encantadora.
Foto Bruno Kairalla
E por achar que todas as mulheres são únicas e ao mesmo tempo diferentes uma das outras, como bem expôs no evento de segunda-feira, é que ela consegue dar uma interpretação pessoal e brilhante a uma canção, por exemplo, de Alanis Morissette.
Bastante incentivada por seus pais, tios e amigos, ligados à música – “principalmente meu pai, João Reguffe, que participou do evento comigo, ao tocar violão” -, Marina, modesta, aponta que “tentou” cantar quando tinha entre 16 e 17 anos. - Pedi algumas dicas para o amigo Rafael Nasic, que já cantava em alguns lugares havia um tempo -, acrescenta.
Ao lado do pai, João Reguffe
Na sua visão, a voz masculina dá força, intensidade a alguns estilos de música, enquanto a feminina no rock, por exemplo, adquire um efeito marcante pela delicadeza dos vocais contrapondo-se ao peso dos instrumentos.
- Há muita procura por vocalistas mulheres para fazer banda em Rio Grande e sempre me dei muito bem em todas as bandas que participei -, salienta Marina, que já foi integrante da antiga Lollipop.
- Eles foram muito pacientes com minhas manias e caprichos. O sexo nunca fez diferença na maneira como me tratavam -, defende.
Em homenagem às mulheres, interpretou as canções: “Someone To Watch Over Me”, composta por George Gershwin e Ira Gershwin, conhecida na voz de Ella Fitzgerald; “Take Me Home” de Tom Waits e interpretada pela cantora portuguesa Maria João e “You Oughta Know”, de Alanis Morissette. E justifica a escolha do repertório:
- A primeira escolhi por ser uma música feminina, delicada, além de ser um clássico. A segunda por ser um exemplo de voz feminina que se destaca em algumas músicas que já eram belas quando gravadas com vocais masculinos e a terceira por ser uma música de letra e instrumental fortes, ousados, e ainda assim, muito feminina -, conclui.
Marina afirma que possui composições próprias, mas revela que elas estão “escondidinhas” na gaveta.
- Música é uma diversão, uma maneira de me expressar. Não planejo carreira nessa área -, garante ela, influenciada por nomes como Alanis Morissete, Gwen Stefani, Marisa Monte, Ella Fitzgerald, Dolores O’Riordan.
Marina que junto com outras vocalistas das bandas Vmax e Tracy Lords encerrou a 5ª edição do evento, com a música da Alanis, primeiramente interpretada por ela, comenta: - Pra mim foi muito legal tocar do lado da grande cantora que é a Bia e da talentosa e queridona Milene, minha amigona - finaliza.
Confira o vídeo abaixo:
5. Vmax – “Diferencial nas bandas”
A Banda
Surgida há mais de dois anos, no final de 2007, a Vmax adquiriu ainda mais equilíbrio com a entrada do vocalista Jener Porto, que se uniu ao grupo de três músicos que tocavam sem qualquer tipo de pretensão.
No ano seguinte, a banda contou também com o charme feminino e a expressão do vocal inconfundível de Bia Barbieri - o que abriu ainda mais o leque de possibilidades dentro do repertório da Vmax.
Foto: Divulgação
Apesar da curta trajetória, a banda possui a experiência de seus músicos que há muito participam do cenário musical local, passando por diferentes bandas, nas mais variadas formações.
Foto: Divulgação
- A princípio somos uma banda cover, então, estamos sempre em busca de espaço no mercado. Dentro do nosso contexto musical, estamos sempre adaptando e aprimorando o repertório, a fim de agradar ao público e conseguir ganhar até mesmo aquelas pessoas não muito ligadas em música ou que são adeptas de outros estilos musicais. (...)
Foto: Divulgação
- Fora isso, possuímos projetos de trabalhar com músicas próprias -, revela a vocalista Beatriz Costa Barbieri, 32 anos. Segundo ela, uma das primeiras composições gravadas pela Vmax, "Negra Americana" obteve destaque na mídia. "Ela rolou bastante nas rádio", comenta.
Visão Feminina
Para a vocalista Bia Barbieri, a voz feminina é sempre um diferencial nas bandas, “inclusive pelo fato de serem poucas no mercado rio-grandino”. Ela acredita que pelo fato de serem mulheres, a responsabilidade e a pressão se tornam maiores e comenta o motivo:
Foto: Bruno Kairalla
- No palco vejo que muitas pessoas ficam com aquela expectativa, esperando que eu comece a cantar para então avaliar se “ela” realmente canta”. E comenta o convite que recebeu para integrar o grupo:
- Minha integração na Vmax foi fácil, primeiro porque já tive outras bandas e segundo porque o convite partiu do meu marido - Jener Porto -, que também é vocalista da banda. E os outros guris, além de serem excelentes músicos, são gente finíssima. Então, ficou muito tranquilo -, evidencia.
Foto: Divulgação
Advogada, mãe da pequena Bruna de sete anos e do jovem Jener Junior de 14, para Bia, “ser mulher é viver essa versatilidade que só nós conseguimos".
- Fazemos um esforço fenomenal para ser uma boa mãe, boa profissional, boa dona de casa, boa esposa, boa motorista e ainda tem que sobrar um tempinho pra cuidar da gente, do visual -, acrescenta. No 5º Mulheres Fazem Arte, a Vmax presentou o público com um repertório feminino, com as canções, Mercy (Duffy), Rehab (Amy Winehouse) e Move Over (Janis Joplin).
Foto: Divulgação
DADOS
- 5 Integrantes: Bia Barbieri (vocal), Jener Porto (vocal), Marcos T. (bateria), Cesar Lima (baixo), Leo Nunes (guitarra).
- Influências: Whitesnake, Pink Floyd, Deep Purple, Peter Frampton, Jimi Hendrix, RHCP, Foo Fighters, clássicos do Blues, alguns nomes do Rock Gaúcho, "among many others".
- Contato: (53) 8423-4602.
- E-mail: arquivosdabanda@yahoo.com.br
6. Tracy Lords – “Banda pop rock de vanguarda”
Foto: Divulgação
A Banda
O som é inconfundível e a sintonia do grupo é estimulante. A combinação perfeita entre identidade e a sonoridade. Há 16 anos, a Tracy Lords mantém acesa no mercado a tradição de combinar as diferentes sonoridades dançantes típica dos anos 80, década marcada pela explosão do rock inglês, prato cheio para quem viveu aquela época marcada por mudanças no comportamento e revoluções culturais.
Foto: Bruno Kairalla
- Somos uma banda de pop rock de vanguarda, que toca músicas esquecidas do passado. Por ser uma banda cover, temos uma direção a tomar; não tocamos nada nacional -, argumenta Carioca. Veja vídeo de apresentação do grupo no programa Musiurg da Furg TV:
Visão Feminina
Foto: Divulgação
Bióloga apaixonada, Milene Cacciamani, 30 anos, é a única mulher na formação da Tracy Lords e nela está inserida há oito anos. Para quem observa hoje o desempenho da vocalista pelos palcos, jamais imaginaria que no começo ela fosse uma menina tímida, incapaz de soltar a voz.
Foto: Divulgação
Mesmo assim, dentro da Escola Juvenal Miller, onde teve toda a sua formação, conheceu a regente do coral, a professora Giovana Suita.
- Ensaiava com o coral, mas não me apresentava. Era muito tímida. Quando o Carioca me convidou para a Tracy levei seis meses para aceitar. No início cantei duas músicas, depois aumentou para dez e assim foi - , recorda.
Foto: Divulgação
Ela confessa que como educadora do Ensino Médio, onde dá aulas para o Juvenal e o Colégio Albert Einstein, e já há dez anos nos cursinhos pré-vestibulares, foi obrigada a vencer o medo de encarar o público. Hoje, ela se sente a vontade em meio aos músicos e demais profissionais da cidade.
Fotos: Divulgação
Sobre ser a única mulher do grupo, Milene diz que para eles, ela é um “amigo”.
- Temos uma relação de irmãos mesmo. Formou-se uma turma bacana, com uma energia muito legal. Os ensaios são divertidos, saímos aos finais de semana para jantar, um vai sempre a casa do outro. É uma relação não só profissional, mas de amizade, familiar -, avalia.
Fotos: Divulgação
Voltada para ecologia, na área da pesquisa, Milene planeja iniciar uma pós-graduação e com os trabalhos que fez para o mestrado, dará início ao seu doutorado.
E se ela quer dará continuidade as duas profissões?
- Com certeza. A música é minha diversão. Não vou a festas. Só saio de casa para ver uma banda ou quando a gente vai tocar. Saio em função da música. Na noite sou uma pessoa super discreta, mas quando subo no palco me sinto uma pessoa livre, pronta para me manifestar de várias formas -, pontua. - Fiquei muito feliz com a entrada dela. Hoje, é ela quem comanda o repertório, o comportamento, e tudo o que vamos fazer -, evidencia Carioca.
DADOS
Fotos: Divulgação
- 5 Integrantes: Milene Cacciamani (voz & violão), Rafael Aruh (bateria), Carioca Feitosa (contrabaixo), Alex Brandão (guitarrra), Marcus Guimarães (teclado).
- Influências: New Order, Roxette, Madonna, Prince, Cindy Lauper, Blondie, Talking Heads, Depeche Mode, Divinyls, Sheryl Crow, Dee Lite, EMF, Cranberries, Bangles, Alanis Morissette, entre outros.
- Contatos: (53) 9979-7855 ou 3232-8376 [Rafael Aruh]
- E-mail: cariocafeitosa@bol.com.br
- Acesse: www.cariocafeitosa.blogspot.com