25 de março de 2011

Um ano de vitórias contra a balança!


Essa história começa mais ou menos, assim: um belo dia, as belas princesas encantadas, todas animadas e reunidas dentro da sala mágica receberam a visita inesperada de uma bruxa muito, muito má que lançou um feitiço repentino para deixá-las horrendas, tão frias e feias a ponto de aterrorizar e afastá-las de qualquer caçador que se aproximasse ou mesmo de seus amados e aguardados príncipes encantados.

Bem... Para estas educadoras das séries iniciais da Escola Jardim do Sol, que lidam diariamente com a imaginação fértil e espontânea de centenas de crianças, essa história bem que podia ser um conto de fadas, mas não é. E não é porque juntas uniram forças para tornarem os seus desafios, uma realidade. 


Texto e fotos-reportagem:
bruno.kairalla@gmail.com

Tudo começou, quando estavam sim reunidas em sua sala. A bruxa na verdade foi uma mãe que ao passar pelo local, viu cada uma agarrada num tipo de salgadinho. Foi quando protestou: “Vocês deveriam ter vergonha de comer tanto e estarem todas gordas deste jeito. Mais do que educadoras vocês são um exemplo para estas crianças”, disparou ela.

A mensagem provocou. “Na hora ficamos muito bravas de ouvir aquilo. Achamos uma falta de respeito”, rememora uma delas. Plantada, aos poucos, a reclamação foi surtindo efeito, saindo do campo da fúria para o de aceitação de uma realidade inabalada. “Quando passamos olhar umas as outras, vimos que realmente estávamos erradas. Todas estavam acima do peso. Nos demos conta de que só nos reuníamos para comer. Começamos a questionar nossos hábitos alimentares”, apontam. Da reflexão para encarar a realidade e tomar uma ação.

Em 26 de março do ano passado, ou seja, há exatos um ano, a educadora Cristina Neumam tomou, então, a iniciativa de colocar suas colegas de frente, sem escapatórias, da nutricionista rio-grandina Vivian Laurino Almeida, 30 anos, formada em nutricionismo pela UFPel em 2004 e especializada em Nutrição Clínica (CBES), em 2007. 


Segundo a nutricionista, assim como em qualquer outro grupo, o início foi difícil, porém, “onde perde-se o medo do impossível, tudo se transforma. E elas foram adquirindo auto-confiança, transformando-se”, aponta Vivian, que se desloca até a escola com umas balança em baixo dos braços e o material para a “pauta do dia”.

- Iniciamos as reuniões com oito professoras, mas outras foram se interessando e atualmente são 10. Hoje elas se auto-batizaram carinhosamente de G-10 - conta Vivian. 

Os encontros semanais, inicialmente às segundas-feiras, hoje no final do expediente das sextas, foram, aos poucos, adquirindo forma, dinâmica e motivação. 

- No início ninguém queria se pesar ou falar sobre o seu peso. Hoje é ao contrário: todas querem saber quais foram os resultados uma das outras - aponta Cristina. A educadora confessa que no início passou por crises de abstinência. 


- Foram várias as crises. Nesse um ano já choramos, ficamos bravas, nervosas, enfrentamos os mais diversos sentimentos. E não adianta, pois descobrimos que o estresse também engorda - divertem-se.

- O trabalho que a Vivian vem fazendo conosco mudou totalmente as nossas escolhas, a nossa alimentação; enfim somos hoje mulheres diferentes, com uma auto-estima elevada - declara a professora Simonne Silva (abaixo), que chegou a pesar 97 quilos e hoje está entre os 80, com o forte entusiasmo de chegar aos 70.


- Aos 97 quilos, adquiri diabetes e pressão alta, entre outras situações que passei devido ao excesso de peso. Estou num momento de transformação, de dentro para fora; venho me descobrindo como uma nova mulher, colocando roupas que há anos estavam escondidas no armário, caminhando diariamente e fazendo hidroginástica. 

Ainda tenho que chegar na minha meta e hoje eu sei que é possível perder peso com saúde, vitalidade e uma vontade interior muito grande. Depois de ver as mudanças que o grupo passou, nos dá mais vontade de querer seguir em frente - observa Simonne (foto acima).
 

A educadora sinaliza ainda que dentro do grupo aprendeu a importância da mastigação dos alimentos, a selecionar cada um deles e a não pular as refeições, “pois isto é um grande equívoco. A Vivian tem mostrado ao grupo como é possível perder peso comendo tudo, só que de uma maneira mais cautelosa e saudável”.

Para as meninas do G-10, os encontros semanais, com uma hora de duração, tornaram-se uma espécie de confessionário, em que assumem erros e exigem o comprometimento. “Uma dá força a outra”.
 

Deixaram também de se reunir só para comer, agora asseguram que comem de forma saudável, para praticarem exercícios e caminhadas. Além da alimentação escolar e das festas ou comilanças que organizavam na escola, o G-10 conta-nos que houve uma influência também na alimentação familiar

- Não é ser radical, mas para mudar, tudo tem que fazer parte desta mudança de atitude, de postura e mentalidade. É um desafio - refletem.

E um desafio menos robusto devido aos resultados perceptíveis em suas formas físicas. Em um ano, o grupo já eliminou um total de 113 quilos uma média de 11 quilos por integrante

O objetivo agora é exterminar outros 21 quilos até o mês de junho. E o Mulher Interativa tem a honra de informar que está de olho neste grupo e acompanhará seu desenvolvimento e suas metas.

Vitoriosas da balança


Cláudia Gibbom e Patrícia Lourenço estampam essa edição, pois possuem muito a comemorar. As duas foram as que neste intervalo mais perderam peso no grupo. Enquanto neste período, Patrícia eliminou honrados 24 quilos, Cláudia não fez por menos ao dispensar os indesejáveis 20 quilos de seu corpo.


 
- Tudo muda. A auto-estima melhora; passamos a nos olhar mais e com vontade - aponta Patrícia, admirada por todas as colegas por sua garra. 

- Emagrecer com saúde é preciso informação, de uma ajuda profissional e muita força de vontade; querer muito e agir, devagar, sem pressa - adiciona a educadora.


 
Com Cláudia também não foi diferente. 

- Não se trata de nascer ou de se sentir uma nova mulher, mas de se enxergar de outra maneira. De se olhar com vontade, de se desejar, de querer ver a sua evolução e o seu próprio bem - ensina ela.


- Antes levava horas para encontrar uma roupa e me vestir. Hoje, geralmente a primeira que eu pego já me satisfaço -, finaliza Cláudia.


Por que grupos dão certo...

- Os resultados do emagrecimento em grupos são muito bons, pois o apoio de outras pessoas com os mesmos objetivos estimulam à adesão ao tratamento e diminuem as dificuldades do processo – que, na verdade, são inúmeras, numa sociedade onde a comida é motivo tanto de comemorações, como de compensações de tristezas, frustrações, alegrias, etc. 

Além disso, o método da reeducação alimentar prioriza o emagrecimento gradativo e constante através de mudanças de hábitos, sem a rigidez e imprudência de dietas restritivas. Mudar hábitos e estilo de vida não é fácil, requer paciência, apoio, dedicação, saber lidar com frustrações... Poucas são as pessoas dispostas a auxiliar e o grupo se revela um grande incentivador do processo - justifica Vivian.

A nutricionista

Fora o atendimento particular ao grupo de educadoras da Escola Jardim do Sol, Vivian iniciou o trabalho com grupos de emagrecimento no final de 2006, com reuniões feitas em seu próprio consultório. 

- Cada novo participante passa inicialmente por uma consulta para individualizar a dieta - aponta a nutricionista. Vivian é proprietária do Espaço Viva Light uma clínica localizada na rua Canabarro 210, que atende somente grupos de emagrecimentos e de reeducação alimentar. 

Já em seu consultório particular na rua Aquidaban 649, Vivian presta atendimento para o emagrecimento individual e patologias gerais [diabetes, doenças renais, hipertensão, dislipidemias, hepatopatias, etc.]. 

Ainda neste ano, a nutricionista pretende abrir grupos de reeducação alimentar para acompanhar crianças e gestantes dentro do Viva Light. Vivian também presta atendimento para o Centro Clínico.

Estilo Twitter
O que cada uma tem a dizer

- “Emagrecer é possível; não é um sonho, é uma realidade” – Flávia Poersch
- “Aprendi que para emagrecer é preciso educar os hábitos alimentares” – Cristina Neumam
- “Aprendi até o momento que eu posso comer de tudo, o importante é que me alimento hoje saudavelmente” – Simonne Silva
- “O grupo presta uma apoio necessário e torna mais fácil o processo de emagrecimento” – Simone Louzada
- “O processo de emagrecimento não é fácil, mas com o apoio do grupo e as informações sobre alimentação passamos a encarar o mesmo de uma forma positiva e mais tranquila” – Patrícia Lourenço
- “O início foi muito difícil, mas com as reuniões estou conseguindo emagrecer. O apoio do grupo é essencial, pois torna o processo mais prazeroso” – Carolina Bulla da Rocha
- “Emagrecer com o grupo foi muito mais fácil, pois unidas nos estimulamos, nos incentivamos. Estou muito feliz” – Cláudia Gibbom
- “Emagrecer não é fácil, mas com determinação e ajuda do grupo é possível” – Liani

Contate a nutricionista, Vivian Almeida
- (53) 3232-8515 ou 2125-3007

20 de março de 2011

Realce, por Bira Lopes

 Conheça o antes da professora Iara Caldas Botelho, 54 anos:



Iara:Nunca vivi o que estou vivendo! 
Estou maravilhosa!



- Bira Lopes - (53) 3232-4524.
- E-mail: biralopes@brturbo.com.br

Seja você a próxima!!
Saiba como na contra-capa do Mulher Interativa!

19 de março de 2011

A terapia da energia vital universal



Mestre e professora de Reiki, Marilene Gomes inaugura neste sábado, 19, o espaço Reiki Luz. Como convidado de honra da festa, a presença do conceituado mestre da Escola Brasileira de Reiki, André Conceição, que ministrará uma palestra para iniciantes do assunto no anfiteatro do Hospital Universitário da Furg, a partir das 14h. 

Entre os objetivos da reikiana, está o de desvincular a terapia baseada na canalização da energia universal, da religião, disseminando-a na cidade e na área da saúde, atendendo a comunidade e formando novos instrutores.


Texto e fotos-reportagem: 
Agradecimento especial:
Kátia Valdez

Esqueça a questão espiritual. Se você acredita na energia universal presente em tudo que gera, pulsa e rege nossas vidas, você vai conhecer nesta presente edição uma terapia que restaura e fortalece o equilíbrio natural de pessoas, plantas e animais. Apesar de pouco difundido e ainda coberto por muitos mitos, o Reiki já vem sendo utilizado em hospitais, tanto no Brasil como no exterior. 

Considerado uma terapia alternativa e complementar aos tratamentos convencionais, o governo já estuda a possibilidade de utilizar o Reiki dentro do Sistema Único de Saúde (SUS). “O Reiki não é magia; ele é uma transmissão de energia fornecida pela Fonte Universal, origem de todas as coisas”, explica a rio-grandina Marilene (foto abaixo), mestre e professora reikiana, responsável por inaugurar na tarde deste sábado, 19, o espaço Reiki Luz.


Baseada na canalização da energia universal, através da imposição das mãos, o Reiki é uma terapia holística (que trata o ser como um todo) e visa estabelecer o fluxo normal da energia no organismo. “O Reiki é o equilíbrio entre os níveis físico, emocional, mental e espiritual, que possibilita manter o indivíduo saudável”, resume Marilene.

Localizado ao centro da cidade – na rua Canabarro, 237 – o espaço conta com a atuação de um grupo voluntário e composto por 26 reikianos. Decorado nas cores, branco, lilás e violeta, além da sala de recepção, a casa dispõe de três ambientes: sala de estudos e prática de meditação; sala de seminários e iniciações; e a sala de aplicação da terapia.

Para celebrar o início de suas atividades, foi convidado o mestre da Escola Brasileira de Reiki (EBR), André Gabriel Conceição, que ministrará uma palestra para iniciantes do assunto no anfiteatro do Hospital Universitário da Furg, a partir das 14h deste sábado, 19.

Serviço
- O que: Palestra com André Gabriel Conceição, mestre da Escola Brasileira de Reiki (POA)
- Quando: Sábado, 19 de março
- Horário: Das 14h às 17h
- Local: Anfiteatro do Hospital Universitário
- Investimento: R$ 20
- Realização: Espaço Reiki Luz (General Canabarro, 237)
- Informações: (53) 9976-3643
- E-mail: sgomes@vetorial.net

ENTREVISTA


Marilene em 30 segundos
Oi, meu nome é Marilene dos Santos Gomes, nasci em Rio Grande há 61 anos. Sou formada e especializada em Métodos e Técnicas da Língua Inglesa pela Furg. Sou casada há 38 anos com Edmar Gomes e tenho dois filhos, uma nora e um neto, que me proporcionam muitas alegrias. Comecei a exercer minha atividade como professora de Língua Inglesa há 40 anos. Dei aulas para colégios como o Juvenal Miller e o Lemos Júnior. Hoje sou proprietária de uma pequena escola, onde ainda leciono. Desde cedo, demonstrei grande paixão pela arte de aprender - o que permanece até hoje. Quando algo não corresponde ao meu entendimento, busco respostas que ampliem os meus horizontes.

Mulher Interativa – Qual a origem da palavra Reiki e como ele pode ser definido?
Marilene dos Santos Gomes Reiki significa “energia vital universal”. É uma técnica japonesa que se utiliza da imposição das mãos para transmitir energia e agir nas partes afetadas do campo energético. Transforma, assim, energias em desequilíbrio em energias benéficas.

Um dos benefícios do Reiki é, por exemplo, desbloquear nódulos energéticos causados pelo estresse, má alimentação, sentimentos inferiores ou pensamentos desarmoniosos. 

Através do equilíbrio energético, sua aplicação harmoniza e produz um relaxamento do corpo, gerando bem-estar físico, mental e emocional. O reikiano é apenas um canal que, ao transmitir energia, também é beneficiado. 


O sistema Reiki é conhecido como Usui Reiki Ryoho ou Sistema Usui de Cura Natural e foi criado pelo monge budista Mikao Usui, no século 19.


Mulher – O que despertou o seu interesse no assunto?
Marilene – O Reiki surgiu da necessidade de me ajudar. Depois, a procura pela energia do Reiki começou a se intensificar, surgindo uma grande vontade de aprofundar o meu conhecimento. Segui esse chamamento interior e desta vez não só para ajudar a mim mesma, mas também a outras pessoas. 

Assim, busquei formação na Escola Brasileira de Reiki (EBR), após contato com outros mestres também importantes na minha formação como reikiana. Descobri, com o Reiki, minha responsabilidade para comigo mesma e para com o meu próximo.

Mulher – Como foi a sua formação na Escola Brasileira de Reiki?
Marilene – Minha busca, entre outros caminhos percorridos, todos importantes, conduziu-me à Reiki Alliance, uma associação internacional que preserva até os dias atuais os ensinamentos do Reiki tal como chegaram ao Ocidente no final dos anos 30. 

O contato com a R.A. veio ao encontro do meu principal objetivo: conhecer o Reiki a partir de suas raízes no Ocidente, sem as inúmeras mudanças introduzidas desde que chegou à nossa cultura. 

Minha caminhada levou-me ao contato com o reikiano mais antigo do Ocidente, o mestre John Gray e sua esposa Lourdes, residentes nos Estados Unidos, que gentilmente responderam às minhas perguntas ajudando-me a prosseguir nas minhas pesquisas.

Estava sempre atenta ao chamado interior e tinha certeza de que, se estivesse buscando algo para o meu crescimento, esse algo apareceria. Confesso que, por vezes, me sentia desestimulada. Mas algo me fazia continuar. Fui assim encontrando inspiração nas palavras de Einstein, quando disse: “no meio de qualquer dificuldade encontra-se a oportunidade”.

Em abril de 2010, encontrei o mestre de Reiki André Gabriel Conceição, da Escola Brasileira de Reiki (EBR), em Porto Alegre. Foi quando comecei a me aproximar daquilo que motivou as minhas buscas de mais de um ano. 

Fui iniciada como mestre de Reiki da EBR e esta formação me deu condições para iniciar novos reikianos e também novos mestres/professores de Reiki. Assumi, a partir daí, o compromisso de ensinar o Reiki, assim como o ensina a escola à qual pertenço. Acredito que cada um escolhe o sistema que melhor se adapte a sua caminhada e é isso que nos faz crescer.


Mulher – Um pensamento que melhor defina sua perspectiva de vida hoje?
Marilene – Novamente cito Einstein: “Aprende com o dia de ontem, vive o hoje e espera pelo amanhã. A coisa mais importante é não deixar de fazer perguntas”.

Mulher – Quais são as áreas beneficiadas por este sistema?
Marilene –  O Reiki age nas partes afetadas do campo energético do indivíduo, restaurando o fluxo de energia e elevando o nível vibratório da pessoa que o recebe. É o equilíbrio nos níveis físico, emocional, mental e espiritual que possibilita manter o indivíduo saudável. Por ser uma terapia holística - que trata o ser como um todo - estabelece o fluxo normal da energia em todo o organismo, restaurando o equilíbrio e possibilitando condições para o bem-estar do indivíduo.

Mulher – O Reiki substitui um tratamento médico?
Marilene – O Reiki não substitui um tratamento médico. É um tratamento complementar que pode ser aliado à medicina convencional. Pode ser definido como uma terapia energética cada vez mais usada na área da saúde, em que médicos e enfermeiros são iniciados para a sua aplicação. 

Importante frisar que a terapia Reiki já é utilizada em vários hospitais e clínicas, tanto no Brasil como no exterior. Cito apenas alguns exemplos: Hospital de Base de Brasília, Hospital Albert Einstein, em São Paulo e o Grupo Hospitalar Conceição no Rio Grande do Sul. 

O reconhecimento do Reiki vem crescendo consideravelmente, chegando, inclusive, à criação da Política Nacional de Práticas Integrativas Complementares, que prevê a inclusão do Reiki como uma terapia a ser utilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS).


Mulher – O que é importante não confundir quando se menciona esta terapia?
Marilene – Considero que o equívoco maior é julgá-lo como religião ou associá-lo a qualquer tipo de crença religiosa. O Reiki tem natureza espiritual, mas não é uma religião. Se já temos uma religião, qualquer que seja, devemos continuar a praticá-la. O Reiki não é magia; Reiki é transmissão de energia fornecida pela Fonte Universal, origem de todas as coisas.

Mulher – Como se tornar um reikiano?
Marilene – O método é simples e pode ser aprendido através de um seminário, após o qual se passa por um processo de iniciação. Esse processo é realizado por um professor-mestre de Reiki habilitado, que despertará no aluno a capacidade de tornar-se um canal da Energia Universal, que passará a fluir bastando para isso colocar as mãos sobre si mesmo ou sobre outra pessoa, animais ou plantas. A sintonização é um ritual profundo e um momento de grande emoção para quem passa por essa experiência.

Após uma iniciação, o reikiano passa a fazer parte de uma linhagem de mestres. É como se fosse uma árvore com vários ramos e que em que cada ramo está representado por um mestre, como didaticamente explica a professora Zeli Teixeira.A cada novo mestre iniciado, essa cadeia se expande. 

Linhagem é a lista de mestres que vieram antes de seu mestre. Todas as linhagens têm o seu valor, mas é importante saber a linhagem do mestre de Reiki como forma de conhecer qual é a linha histórica do seu conhecimento. 

A Associação dos Mestres e Terapeutas Reiki de Brasília descreve o mestre de Reiki como “um estudioso que tem um grau elevado de conhecimento e que sempre está aberto ao que é novo com a finalidade de investigar, verificar o que precisa ser atualizado e ir em frente, sempre se renovando, aprendendo (...)”.

Mulher – Quanto tempo leva esta formação?
Marilene – No mínimo, um ano e meio. Porém, o tempo correto mesmo é de dois anos. O trabalho de um mestre reikiano requer muito estudo e uma preparação duradoura.


Mulher – Como terapia reconhecida, qual o custo do tratamento?
Marilene – Existem várias opiniões e muitas divergências. Há quem se posicione a favor da cobrança das sessões de aplicação de Reiki, argumentando que o dinheiro proveniente de tais aplicações seria disponibilizado para despesas com estudos, cursos, estrutura de trabalho, etc. 

Há, ainda, quem argumente que, sendo o reikiano um canal de transmissão de energia, não deveria gerar custos para quem recebe esse benefício, uma vez que a Energia Universal está disponível para todos.

No espaço Reiki Luz, assim como em outros grupos de Reiki, o trabalho é gratuito. Investimos em cursos para aperfeiçoamento contínuo, a fim de aprimorar cada vez mais o nosso conhecimento e metodologia de ensino. Temos despesas com aluguel, manutenção da casa, luz, água, mas, por opção nossa, fazemos um trabalho sem custos. 

As despesas são todas cobertas pelas pessoas que se engajaram ao grupo e que, num total desprendimento e autodoação, em apenas dois meses organizaram o espaço Reiki Luz. Somente cobramos os seminários realizados como meio de contribuir para a manutenção da casa.


Mulher – Qual o projeto social do espaço Reiki Luz?
Marilene – Temos em andamento, desde o ano de 2010, um projeto de assistência às crianças, adolescentes e bebês do Orfanato Maria Carmem. Nossos alunos ligados à área da saúde estão realizando um trabalho de aplicação de Reiki que tem ajudado muito a comunidade. 

Pretendemos ampliar essa terapia divulgando-a em hospitais, assim como para a comunidade rio-grandina, a exemplo de muitas cidades no Brasil. Em 2011, estamos desenvolvendo um projeto que contempla as iniciações de Reiki para crianças. 

Gostaria de dizer, ainda, que, a Câmara Municipal de Pelotas, nossa cidade vizinha, já reconhece a terapia Reiki na rede pública de saúde. Almejamos também ter, em Rio Grande, a prática do Reiki formalizada e reconhecida como um trabalho social.


Mulher – Alguma consideração? 
Marilene – Sendo uma terapia que trata, também, o lado espiritual, o Reiki precisa de uma reforma íntima, ou seja, de uma mudança de pensamentos e atitudes para que possam surgir resultados positivos de mais longa duração. Lembremos que, sendo o nosso pensamento energia, ele cria realidades. Assim, “somos o que pensamos”. É neste sentido que devemos buscar a nossa reforma íntima.


18 de março de 2011

"Esquece", por Gabriel Colombo



Eu carrego comigo boas noticias.

Gostariam de saber?

Um dia, o homem nunca mais vai roubar, pois tudo terá. Brigar? Nem pensar, a amizade se instalará. Quem pedir sol terá belos raios. De tudo, luz, se fará. E, num especial dia, debaixo de toda ferida, mercúrio, logo, surgirá. 


A gente nunca mais irá usar sal nem pimenta, tudo será digestível e de gosto agradável. A gente não precisara complementos, todo elogio, já estará. Toda coisa terá encaixe perfeito. Meu corpo no teu. E nunca mais teremos disparidades. E tudo será de praxe. E duvidas para que? 

Veremos melhor que nosso organismo é corpo e é prisão. Entre um tato, uma cor um saber, um ruído, uma dor e uma onda, não precisaremos mais de vírgulas. Pois claro, tudo terá sentido. O esgotamento, nunca terás. E, enfim, a gente nunca mais vai ter vertigens. No abismo, a gente se encontrará.


Escutei a conversa de dois senhores sentados na mesa atrás da minha. Daqui do pub. Um se mostrou espantado lendo o jornal. O outro, tentou confortá-lo. 

Eles falavam sobre o que era impossível, E o que, agora se tornou possível. Um dizia para o outro: Quando que imaginei estar vivo e ver o Big Bang do Universo? Quando veria o DNA? Quando eu saberia sobre a Teoria da Relatividade? 


Quando eu expliquei que para toda ação há uma reação? E, quando fui pensar em me explicar, bem calmo, que me atrasei nas ruas tendo uma polonesa por cem libras, bem linda porque minha mulher está exausta de cuidar dos cinco filhos que fiz nela (!) e ela perdeu seu glamour?

E é sobre isso que falo... 


Quantas coisas nos achávamos impossíveis de ser, ou de ter, e hoje estão ai na prateleira? 

Basta tirar dinheiro do bolso. Ou imaginação. Ou alcance. Ou otimismo....

Quando meu pai imaginou assistir tevê a cores?

Quando minha mãe teve shampoo, ao invés de sabão de coco no tanque para dar volume aos cabelos?

Quando minha dinda tomou caramelo sunday MacDonalds sem derreter tão logo? E quando ela imaginou que cada sabor teria sua melhor cobertura na casquinha 3 minutos?

E quando eu pensei, cogitei sequer, de esquecer a enciclopédia, o guia telefônico e a revista pornô?


No Google, tudo eu encontro. 

Eu esqueci a marcha dura, pois tenho a hidráulica. (E quero curvas perigosas para sempre.) Minha professora de gramática deixou o mimeógrafo. Me testou em prova a la xerox. 

Foi-se o videocassete. Eu faço filmes de anos 30 aqui em casa e depois te boto na câmera. Deixa o abridor de lata. Passa a mão na tampa da long neck que ela se abre. Ah, e se não saíres bem na foto falando X, apaga! Não precisa de laboratório. Bata outra, meu lindo.


E querem mais? O cinzeiro vira até nós. A caneta terá carga infinita. Eu nunca mais chorarei caído no chão do banheiro. Teremos amores perfeitos (e) para sempre. 

Todo jazz vira num solo, eterno, perfumado de jasmim. E os médicos, cientistas e antropólogos estarão na linha 999, apenas esperando nosso próximo pedido. Ou ideia. Ou loucura. Ou quem sabe o quê.


Eu sei que amizades não terás mais que selecionar. Entenderás a vida como obra de arte. E dai, esquece tudo. Deita e rola. Solta esse copo e dança sozinho. A tempestade virá com música. E o CD arranhado virará um novo. 

Ao acordares, o som será de música de piano de cauda. Feito prata lusco fusco. Filme de ficção científica e coisa cafona. Derrete teu coração porque não há mais riscos além. Terás todas as garantias. E o melhor da festa estará sempre por vir. 


A vida é hoje. E é hoje, sim. 

Um dia, tudo isso será ossos e cinzas. 

Afinal, quando tu menos esperares eles podem levar embora o Paraíso e instalarem um cinzento estacionamento.

E eu não quero ficar parado.

Daqui onde estou eu espero cometas.

Gabriel Colombo, de Londres