29 de julho de 2010

Fernanda Miki:

Cordialidade, antipatia e diplomacia:
São coisas da vida!


Uma coisa que prezo, e muito, é a gentileza.

Mas não me refiro àquelas regras culturais de etiqueta: abrir a porta para o próximo, puxar a cadeira, devolver o pote com outra guloseima dentro, enviar o presente mesmo não indo à festa….não, não….

Falo da cordialidade gratuita, sorrir para as pessoas na rua, mesmo desconhecidos, retornar o telefonema, o e-mail, mandar um torpedo de boa noite aos amigos.

Essas atitudes, tanto as de etiqueta quanto as últimas, pratico diariamente, por gosto.

Ver alguém sorrindo de volta é impagável e alegra o dia de qualquer um.


E mulheres, não me venham com a história de que puxar a cadeira é coisa de homem porque só esse pensamento é machismo puro, e esperar a atitude é muito pior. É frescura!

Acho que por essas atitudes às vezes sou taxada de efusiva, ou como já me disseram, “chego chegando”. Sou assim, de fazer o bem sem olhar a quem.

Boa coisa é que rótulos não me faltam.


Mas enfim, não comecei a escrever isto para falar de cordialidade e sim de grosseria. Pior do que não ser gentil é ser rude. Não entendo qual o problema em iniciar uma conversa, mesmo que esta vá tomar rumos abrasivos, com um bom dia, como vai?!

Não cobro nem um aperto de mão porque sei que as pessoas têm resistência a contatos físicos quando estão irritadas…risos…

Mais engraçado ainda é quando alguém te trata com indiferença sem motivo aparente.

Muitas vezes acabas sabendo que porque conheces a fulana ou trabalhas com o cicrano, o indivíduo automaticamente não gosta de ti.

Gozado essa forma de união, não?


Mudar essa forma de tratamento quando convém é mais hilário ainda!

“Oi querida, tu trabalhas no lugar tal né? Acho que é de lá que te conheço! Não, é que eu precisava…..” Simplesmente hilário.

Bom, quem nunca sofreu antipatia gratuita ou foi vítima de diplomacia?!

Voltando à cordialidade, porque dela gosto mais.


Não venho por aqui pedir que a humanidade sorria para mim na rua.

Peço somente educação, por que se não sou tratada assim me sinto completamente inútil.

Que não sejam efusivos como eu, mas que pelo menos mostrem indiferença antes de grosseria.

Me deixe com o sorriso trancado entre os lábios, mas não me cause o franzir de sobrancelhas.


O tempo passa, rugas devem ser combatidas desde cedo, diz a minha avó (vendedora de Natura) e quanto aos sorrisos travados, abro-os aos meus amigos, àqueles que também são cordiais comigo.

Crônica publicada no Blog Espelho Periódico de Fernanda Miki


E-mail
miki.fernanda@gmail.com

Acesse

Nenhum comentário:

Postar um comentário