10 de junho de 2011

Sempre haverá um “Porém”...


Existem as coisas. Existem os nomes. E no meio dessa bagunça organizada na qual todos estamos, sempre haverá um “mas”. Um “porém”, um contudo. Um todavia.

Sempre haverá algo para beber. Um copo com gelo. Um corpo quente para se amare. E sempre, um idiota para se trair. Não estou certo se sempre haverá música…

Mas, sempre haverá um cigarro quebrado. Alguém precisando de fogo, desesperado. Um homem barrado numa entrada. E alguém com quem tu tomas um café e no fim não te diz nada. Daí, sentiremos sensação de maltratados, ter escrito português errado. Eu rezo por um instinto, um sorriso, um acaso..

E sempre um telefone que não toca. Uma família. Um pão guardado. Um gosto de azedo. Olhando pra cima, um céu azulado. Sempre “vai ter”  violência. Uma vista. Uma razão e uma desculpa que precise de um bom advogado.

Existem dois jeitos de olhar a vida: pela maneira cruel… e pelo jeito poético. Eu fico com este último. Olho o mundo assim. Pois o mal não existe. O que é ruim é ilusão. Dai ei vejo: sabes o que? Nós veremos sempre beleza. 

Mas… lembro das situações que pedimos, gritamos e choramos por um “fica”, um “vai”, um “volta”.
Sempre haverá um “chega”. Um “basta”. Um “vamos ao principal. Nessa pressa dá... Então, te conto…. No fim haverá graça.

* Esta crônica poética é dedicada a A.B.

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