20 de abril de 2010

AGORINHA - 19 de abril

Pequenos bailarinos, futuros talentos



Eles adoram jogar futebol, gostam de música, de dançar, e com o incentivo dos pais e o apoio dos amigos, estão fazendo bonito como promessas de futuros bailarinos da cidade. E se você pensa que dançar é algo fácil, delicado, feito para meninas, está muito enganado!


Substantivo masculino, o balé concentra importantes referências masculinas mundiais que contribuíram para que esta dança rompesse gerações, sendo vista como uma das manifestações artísticas mais tocantes e majestosas no mundo da arte.

>> Texto e fotos: Bruno Zanini Kairalla


Arte esta que trabalha a sensibilidade, indicando a noção de tempo e do espaço, brinca com as expressões e explora os mais diversos movimentos corporais.

Além disso, outros desafios são lançados durante as aulas: é preciso muita observação, concentração, disciplina e domínio dos próprios limites. Além é claro da proximidade de um monte de gatinhas lindas e encantadoras.

>> A escola


Em Rio Grande, um dos centros de referência da arte, principalmente para os novos bailarinos é a Escola de Belas Artes Heitor de Lemos (Ebahl).

De acordo com o professor e bailarino, Fábio Domingues Martins, as turmas de “babyclass” são voltadas para crianças a partir dos três anos e que o ingresso de meninos é cada vez mais comum nas aulas, afinal, como ele mesmo diz, “a masculinidade não se mede pela arte”.

“Não existe relação entre o ballet e feminilidade. Muito pelo contrário. O papel do bailarino é extremamente importante na dança. Ele é o responsável por oferecer o equilíbrio e o suporte para a própria bailarina”, justifica.

>> Preparação


As aulas dos pequenos bailarinos são realizadas duas vezes por semana, no período da manhã. Nelas, são feitos os exercícios físicos, que iniciam com alongamento.

Em seguida, passam para a barra, onde através de movimento sutis buscam o ponto de equilíbrio e sustentação. Dela partem para o chamado “Centro”, em que repetem os mesmos exercícios da barra, porém sem o apoio dela.

Além de aprenderem os termos da modalidade, a grande maioria em francês, os pequenos passam a ter contato com toda a filosofia imposta pela arte: a postura, a música, os gestos e expressões.


Conforme Fábio, no início uma das dificuldades é o decorar as coreografias.

Entretanto, tudo é feito através de treino dos exercícios. E para se acostumar com os palcos, a turminha já ensaia a sua primeira coreografia, com duração superior a 1 minuto, e com apresentação já marcada para os dias 27 e 28 de abril.

Garotos prodígios

>> Futuro promissor


Aos 6 anos, Breno Pereira Lima assistiu sua irmã numa de suas aulas de balé e foi quando se rendeu. “Achei muito bonito. Gostei e também quis fazer”, diz. Hoje, aos 8 anos, ele já sonha em ser reconhecido no futuro como um grande bailarino.

O que ele mais gosta nas aulas?! “De aprender algo novo”, discorre Breno, que experiente aguarda ansioso a próxima apresentação. “Vou fazer um solo”, comenta com expectativa.

Breno fala ainda que aprecia observar os seus colegas e professores dançando, principalmente, quando Fábio eleva a bailarina, segurando-a no alto, em seus braços.

“Só tens que primeiro treinar para engrossar esses bracinhos”, brinca o professor, aos risos do menino.

>> Primeiros passos


Os irmãos, Wellinton (foto acima) e Ryan (abaixo) Montes Batista, ensaiam os primeiros passos no balé. Começaram em março. Os irmãos possuem um ano de diferença. O primeiro está com 9 anos e Ryan, 8.

O suficiente, segundo Fábio, para definir o poder de concentração nas aulas.


“O Wellinton é mais ligado, mas, apesar do Ryan se distrair mais, os dois são muito aplicados”, defende o professor. As primeiras lições partiram de casa, repassadas pela mãe. Ryan foi o primeiro a se matricular. Duas aulas depois e lá estava o outro irmão, que apesar de gostar do balé, diz ainda preterir o futebol.

Já Ryan gosta mais do balé. Das atividades, Wellinton gosta dos exercícios feitos na barra, enquanto Ryan prefere os de alongamento. Por enquanto, o mais difícil para os dois é decorar as coreografias. Porém, a expectativa pela apresentação já é grande para esses dois irmãos.

>> O mascote



Ele tem apenas 5 anos, mas conversa feito gente grande. Espontâneo, o simpático Bernardo Duarte de Medeiros, entrou na turma de babyclass, mas foi levado em seguida para as aulas do preparatório.

O pequeno tagarela se interessou pela arte ao observar a tia bailarina dançar.


Ele, que também adora jogar futebol, encontra na dança a fantasia para os seus sonhos. “Às vezes sonho que sou um grande bailarino”, destaca ele, que não acha difícil as atividades.

“Gosto de dançar, de ensaiar. As coreografias são legais”, confirma ele, que adora acompanhar as performances do professor.

Além dele, Bernardo conta com o incentivo da tia, que quando pode repassa as dicas sobre movimentos. “Quando estou em casa, muitas vezes brinco de ser bailarino e ensaio a coreografia”, garante o esperto menino.

- Textos e fotos: Bruno Zanini Kairalla

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