10 de agosto de 2010

Sob os holofotes paulistanos!


"Já fui médico, ladrão, mergulhador, arquiteto debaixo d'água, estilista, empresário gay, pai português, administrador, padre, policial, cantor, já fui tanta coisa que quanto mais eu sou outros, mais me conheço e me afirmo como ser humano. E sei que ainda serei muitos outros, que virão a acrescentar ainda mais em mim. Sou grato a todos aqueles que passaram em minha vida, aos que já não estão mais e aos que virão. Obrigado ao meu pai e obrigado a minha mãe, o Dr. Lloid e a Dona Leda, que fazem parte da turma dos que já não estão mais, pela orientação e carinho que sempre tivemos por nós".


Agradecimento: Lucinara Furtado
Fotos-reportagem: Arquivo Pessoal/Divulgação


Modelo fotográfico publicitário e ator. Desde moleque, André Luis Rey dos Santos, já mostrava interesse e talento para o mundo artístico. Para chegar nele, porém, precisou conhecer tudo o que de novo lhe aguardava pelo caminho.

“A minha infância e minha adolescência ficaram no passado junto do Juvenal Miller, do Lemos Jr, do 585 Prive, do Quitandinha, da SAC, do leite da Zóquinha, dos luais no Cassino, das bebedeiras com os amigos”, recorda ele, em tom saudosista de “bons tempos”.


Quem o conhece reforça que sempre foi um sedutor nato, sobretudo do espaço em que domina. No presente, a revelação de um dos seus melhores aprendizados: "O verdadeiro homem mede a sua força quando se defronta com o obstáculo".

Ao visitar sua irmã já radicada em São Paulo (SP), André Luis deu uma guinada em sua vida. O período ele não esquece: outubro de 2005. Da visita, apenas indica: “Aqui estou até hoje”. E com isso, também relata:


“Passei pelo boêmio Itaim Bibi, quando tinha a Academia da Cachaça, um bar que ficava na Vila Mariana; depois a doideira frenética da Santa Cecília, quando eu enlouquecia nos telemarketing bilingue, e recentemente na tranqüilidade nipônica da Vila Mariana, já tendo a delícia de ter tido coragem de encarar essa profissão”.


Passados cinco anos, André só retornou a sua cidade natal para uma visita passageira, de apenas três dias no ano de 2008. “É óbvio que sinto saudade de muitas pessoas, lugares e coisas. Ando doidinho pra ir para aí, recarregar minhas baterias com minha gente”, diz ele, mostrando que também está por dentro da mudança de realidade por qual passa sua cidade: “Mas parece que não dá mais pra ficar curtindo um chimas na beira do cais, né? Espero que pelo menos nas dunas da praia não tenha gente fumado crack!”.


Na entrevista realizada via e-mail, O Peixeiro indaga ao aquariano sua reflexão agora que está próximo dos 40. Ao seu estilo, André Luis pontua autêntico: “Pois é. Perto dos 40 e não 40! Ainda sou um balzaquiano, no auge da juventude, aos 38 anos. Tudo bem se os grisalhos e as manias denunciam a idade, mas internamente convivo com o joelho meteorológico, as dores lombares. Continuo o mesmo guri, respeitoso, comunicativo, educado, palhaço, ácido, perspicaz, curioso e sempre aprendendo”, define-se o papareia, que também revela o seu jeitinho de como conquistar o mundo: "O sorriso enriquece os recebedores sem empobrecer os doadores".


“Guardo muitas pessoas e histórias dentro de mim e, estejam certos, que todos e todas estão arquivados com muito carinho, e vivem no presente orientando cada passo que eu dou”, evidencia. Como ele percebe a atual etapa da sua vida? “Vivo, portanto, este é o melhor momento da minha vida”.

Ao gosto da visita


Atualmente reside na localidade da Chácara Inglesa, região da Vila Mariana na zona Sul de São Paulo. Mudou-se há cerca de dois meses.

“São Paulo já não era um mistério, pois sempre gostei da cidade, não foi difícil [a adaptação]. Vim para morar mais próximo da minha irmã. Passamos dois anos juntos, no Itaim Bibi. Depois fui para o meu canto em Santa Cecília, região central da cidade, onde, inclusive, respirava todos os monóxidos de carbono”, conta André.


Assim como ocorre com a realidade de sua Rio Grande hoje, o ator também mostra que sua rotina em nada lembra o vivido na antiga e pacata cidade.

“Sei diferenciar o som da sirene de uma ambulância do de uma de uma viatura de polícia. E gostava da barulheira e desse movimento todo”, explana.


Entretanto, complementa: “Mas é claro que, sendo uma cidade tão grande, eu certamente paguei meus micos, como, por exemplo, já fiquei desorientado dentro do metro, me perdi diversas vezes, fui assaltado só para variar... Tudo muito normal”, pontua.

Mostrando-se receptivo e com um espírito hospitaleiro, típico do povo de sua origem, ao situar onde mora atualmente, André convida: “Apareça para tomar um cafezinho ou uma cervejinha. Aqui vai ao gosto da visita”.

Dicas


Aos novos talentos, ele pontua: “Estuda! Depois estuda mais um pouco. Sucesso garantido em qualquer lugar, seja no Brasil, seja no Mundo”. Essencial? “Postura e atitude”. Sobre as exigências da área para qual está voltado, salienta a mensagem: “Preparo e experiência. Façam suas propostas, tornem real o projeto e alavanquem seus lucros!”.

Como o ator e modelo publicitário define um bom trabalho e o que mais lhe incomoda em sua profissão?! “Um bom trabalho é todo aquele feito com gosto, com tesão, com vontade de fazê-lo. Uma coisa chata é a espera. Praticamente, é preciso ter a paciência de um zen budismo. Espera-se para tudo, principalmente durante os testes; espera-se para se maquiar, para colocar ou ajustar o figurino, na fila do estúdio. E depois espera aquele telefonema tão esperado dizendo: - Você foi aprovado! O que, claro, compensa todas as esperas”.


E continua: “Tem também que se estar sempre à disposição. Tocou o telefone, não importa aonde, lá vou”, observa. “Outra coisa chata são os "horários nobres" dos filmes publicitários: 4 horas da manhã! Mas fotos é uma das coisas mais gostosas de fazer”, assegura.

André também se mantém em contato com as agências pela internet, além de conviver com seus amigos. “Por aqui temos uma comunidade riograndina muito grande”, brinca. Seus desejos e ambições para o futuro?


“Manter-me vivendo da arte. Nunca pensei que fosse possível, mas é”, comenta. Por fim, questionamos se ele gostaria de fazer alguma consideração. Segue sua resposta: “Pra quê?! Depois dessa prova de concurso publico?! Só vou mandar um beijo pro tio, pra tia e pra Bruxa”, finaliza.

>> Últimos trabalhos:


Junho: “O Mago dos Brinquedos”, um dos episódios do programa “Tribunal na TV”, da emissora Bandeirantes. Gravou também o comercial Fluidez para o Governo do Estado de São Paulo.

Maio: Gravou o comercial “Unylever”, das margarinas Becel, ainda em veiculação.


Março: Pousou para a capa da revista ISTOÉ, ilustrando a reportagem “O Avanço do Exorcismo”. Também fotografou para a campanha publicitária do Banco Itaú e do Terra Viagens, inscrita no Festival de Cannes.


Fevereiro: Também foi modelo para a reportagem de capa “Jogo da Intuição”, publicada pela revista de circulação nacional, Superinteressante [veja o link, clicando aqui].

Novembro/2009: Protagonizou um estilista para a campanha publicitária “Amanhã”, do BNDES, produzido pela O2 (imagens abaixo).


Outubro: Foto comercial para o Santander em patrocínio a Fórmula 1, publicada pela Veja neste mesmo período.


Setembro: Participou do comercial “Dr. Shall's”.

Agosto: Integrou a campanha publicitária “Jornal Nacional 40 Anos”, produzido pela Trattor Filmes.


Julho: Ensaio Fotográfico para a Concorrência Publicitária. Também foi o protagonista do comercial “360º graus”, exibido em aeroportos internacionais

O rio-grandino ainda integra o elenco dos seriados Arouche By Night e Cravos Vermelhos, programados para serem lançados em breve.


>> Acesse:
Orkut: André Luis *
www.andreluisrey.blogspot.com
E-mail: andreluis_rey@hotmail.com


2 comentários:

  1. Parabéns pela reportagem, pois só assim Rio Grande passa a dar valor aos talentos locais. De minha parte, deixo a emoção e a satisfação de ver meu Mano, tão querido, ser reconhecido! Quem o conhece sabe que seu limite é o Universo, pois as estrelas ele sempre alcançou! Berê

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  2. O resto só se diz com os olhos, no momento é muito obrigado. Conseguiram fazer de mim um bom elemento rsssss
    te amo, Berê

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